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Ao lado de Scheremeta, Richa disse que “nenhuma intriga” tem procedência | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
Ao lado de Scheremeta, Richa disse que “nenhuma intriga” tem procedência| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

O novo comandante da Polícia Militar (PM) do Paraná, o coronel Roberson Bondaruk, prometeu coibir a contravenção, como o jogo do bicho e os caça-níqueis, na mesma medida que outros crimes. "Não fazemos distinção entre crime e contravenção. A atuação da PM vai ser sistemática em todo o tipo de delito", afirmou.A declaração foi dada após to­­mar posse do cargo, ontem à tarde, em Curitiba. Bondaruk reafirmou que uma das prioridades de seu comando será o fortalecimento da Corregedoria da PM, com o objetivo de coibir e punir eventuais "desvios de conduta dos policiais".

A solenidade foi marcada por ten­­tativas do governador Beto Ri­­cha (PSDB) e do secretário de Se­­gu­­rança Pública, Reinaldo de Almei­­da César, de abafar uma eventual cri­­se na polícia. Na última sexta-fei­­ra, o ex-comandante Marcos Theo­­doro Scheremeta convocou uma coletiva de imprensa para afirmar que foi exonerado do cargo por causa de "desgastes" com o secretário. Na conversa, acabou admi­­tindo que mantém relacionamento com operadores de jogos de azar.

Scheremeta afirmou que a cúpula da PM e Almeida César sabiam que ele tinha ligações com chefões do bicho. Ontem, questionado duas vezes pela Gazeta do Povo sobre as declarações do ex-comandante, o secretário, primeiramente respondeu de forma evasiva e, em seguida, se calou e foi escoltado por seguranças, interrompendo a coletiva.

Tudo azul

No palanque das autoridades, Scheremeta e Almeida César estavam separados pelo governador, que se postou entre eles. O ex-comandante e o secretário evitaram se falar e só se abraçaram quando o mestre de cerimônias leu uma mensagem em que Almeida César elogiou o trabalho do coronel à frente da corporação. Antes de a entrevista ser interrompida, o secretário voltou a negar que atritos com Scheremeta tenham motivado a troca no comando da PM, o que gerou mal-estar entre os oficiais da corporação. "Ne­­nhuma divergência. Podemos ter divergência de opiniões, o que é normal, mas as palavras de Scheremeta mostram um grande entrosamento", disse.

Richa minimizou a mudança na PM e também elogiou Scheremeta. O governador disse que encara com "tranquilidade" a troca de comando e ga­­rantiu que a alteração está vinculada a problemas pessoais do ex-comandante e que não há problema envolvendo o Hospi­tal da PM. "Ele [Sche­­remeta] disse a mim que é a favor dos investimentos que estão ocorrendo no hospital (...). As intrigas que tentaram lançar por aí, nenhuma delas procede. Tenho respeito pelo coronel", finalizou.

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