O novo comandante da Polícia Militar (PM) do Paraná, o coronel Roberson Bondaruk, prometeu coibir a contravenção, como o jogo do bicho e os caça-níqueis, na mesma medida que outros crimes. "Não fazemos distinção entre crime e contravenção. A atuação da PM vai ser sistemática em todo o tipo de delito", afirmou.A declaração foi dada após tomar posse do cargo, ontem à tarde, em Curitiba. Bondaruk reafirmou que uma das prioridades de seu comando será o fortalecimento da Corregedoria da PM, com o objetivo de coibir e punir eventuais "desvios de conduta dos policiais".
A solenidade foi marcada por tentativas do governador Beto Richa (PSDB) e do secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, de abafar uma eventual crise na polícia. Na última sexta-feira, o ex-comandante Marcos Theodoro Scheremeta convocou uma coletiva de imprensa para afirmar que foi exonerado do cargo por causa de "desgastes" com o secretário. Na conversa, acabou admitindo que mantém relacionamento com operadores de jogos de azar.
Scheremeta afirmou que a cúpula da PM e Almeida César sabiam que ele tinha ligações com chefões do bicho. Ontem, questionado duas vezes pela Gazeta do Povo sobre as declarações do ex-comandante, o secretário, primeiramente respondeu de forma evasiva e, em seguida, se calou e foi escoltado por seguranças, interrompendo a coletiva.
Tudo azul
No palanque das autoridades, Scheremeta e Almeida César estavam separados pelo governador, que se postou entre eles. O ex-comandante e o secretário evitaram se falar e só se abraçaram quando o mestre de cerimônias leu uma mensagem em que Almeida César elogiou o trabalho do coronel à frente da corporação. Antes de a entrevista ser interrompida, o secretário voltou a negar que atritos com Scheremeta tenham motivado a troca no comando da PM, o que gerou mal-estar entre os oficiais da corporação. "Nenhuma divergência. Podemos ter divergência de opiniões, o que é normal, mas as palavras de Scheremeta mostram um grande entrosamento", disse.
Richa minimizou a mudança na PM e também elogiou Scheremeta. O governador disse que encara com "tranquilidade" a troca de comando e garantiu que a alteração está vinculada a problemas pessoais do ex-comandante e que não há problema envolvendo o Hospital da PM. "Ele [Scheremeta] disse a mim que é a favor dos investimentos que estão ocorrendo no hospital (...). As intrigas que tentaram lançar por aí, nenhuma delas procede. Tenho respeito pelo coronel", finalizou.
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