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Governo Alckmin condiciona diálogo à desocupação de escolas em SP

Alunos de escola em Diadema protestam contra as mudanças na rede estadual de São Paulo | Rovena Rosa/Agência Brasil
Alunos de escola em Diadema protestam contra as mudanças na rede estadual de São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Mais de um mês depois do anúncio da reorganização escolar na rede estadual de São Paulo e uma série de manifestações e ocupações de escolas, o secretário estadual de Educação de São Paulo, Herman Voorwald, propôs um processo de discussão do projeto nas unidades e a realização de uma audiência pública. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) não recuou da reorganização e a realização das discussões está vinculada à desocupação das escolas.

A proposta foi apresentada pelo secretário em audiência de conciliação promovida pelo Judiciário. A ideia do governo é abrir um prazo de cinco dias para a realização dos debates. O envio de detalhes da reorganização seria encaminhado para a escola 48 horas depois da desocupação.

Voorwald não garantiu que, caso as comunidades escolares se posicionem contrárias à reorganização, o governo voltaria atrás. “Os pais e alunos precisam entender a reorganização. A secretaria se compromete a analisar o que for indicado pela comunidade.”

A crítica de alunos e especialistas em Educação, além dos sindicatos dos alunos e do próprio Ministério Público, era de que o projeto não havia sido discutido previamente. “É difícil discutir sobre o fechamento de 93 escolas”, disse a presidente a Apeoesp, principal sindicato dos professores, Maria Izabel Noronha.

A audiência estava cheia e alunos realizaram protestos contra o projeto. Por volta das 16 horas, os alunos se reuniam, em sala fechada, com representantes da Defensoria Pública sobre como se posicionariam.

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