O Ministério da Saúde autorizou estados e municípios a ampliar temporariamente o público-alvo da campanha de vacinação contra a dengue para evitar o desperdício de doses com vencimento próximo. A medida é válida para localidades com lotes prestes a vencer em 30 de junho e 31 de julho de 2024 e recomenda a expansão preferencial para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.
A campanha, originalmente destinada a pessoas de 10 a 14 anos, poderá ser estendida para outras faixas etárias se necessário. Caso a ampliação para crianças e adolescentes não seja suficiente para garantir o uso das doses a tempo, as secretarias de Saúde estão autorizadas a vacinar pessoas de 4 a 59 anos – segundo recomendação do fabricante da vacina Qdenga, utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em abril, uma medida semelhante foi adotada para evitar o desperdício de vacinas com validade até 30 de abril. A medida de agora se justifica pela baixa procura registrada e pela proximidade do vencimento de mais lotes. No entanto, o Ministério da Saúde não divulgou o número exato de doses disponíveis nem especificou os estados e municípios afetados.
“Esta é uma estratégia temporária e excepcional, aplicada apenas para as vacinas que possuem prazo de validade até 30 de junho e 31 de julho de 2024”, esclareceu a pasta em nota técnica publicada na última sexta-feira (21). A dengue alcançou, na última semana, 6 milhões de casos e 4 mil mortes em decorrência da doença. Ainda há outras 2,7 mil em investigação (veja na íntegra).
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do SUS começou a oferecer a vacina Qdenga em fevereiro deste ano. Desenvolvida pela Takeda Pharma e aprovada pela Anvisa em março de 2023, a Qdenga contém vírus vivos atenuados da dengue, proporcionando imunidade contra os quatro sorotipos do vírus.
A vacina é administrada em um esquema de duas doses, com um intervalo de três meses entre as aplicações. Está aprovada para pessoas de 4 a 60 anos, embora não haja estudos conclusivos sobre sua eficácia em indivíduos acima dessa idade.
A Qdenga é indicada tanto para aqueles que já tiveram dengue quanto para aqueles que nunca foram infectados, sendo a primeira vacina no Brasil a oferecer essa abrangência.
O Ministério da Saúde estima que o Brasil receberá 6,5 milhões de doses da vacina contra a dengue ainda este ano, reforçando a campanha de imunização e combatendo a doença que continua a ser um desafio significativo de saúde pública no país.
A iniciativa visa, segundo o governo, otimizar a utilização dos imunizantes disponíveis e garantir a proteção da população contra a dengue, especialmente nas regiões com maior risco de surtos e onde a demanda por vacinação tem sido menor do que o esperado.
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