Nove meses depois da enchente que causou estragos nos municípios do litoral do Paraná, o governo do estado deve iniciar, no próximo dia 26 de dezembro, o processo de limpeza dos rios Jacareí e Miranda, que ainda possuem entulho e madeira acumulados por causa da enxurrada.
Segundo o diretor geral do Instituto das Águas do Paraná, Everton Souza, a demora na limpeza dos rios se deve à falta de tempo e recursos. O governo do estado abriu um processo de licitação para contratar uma empresa que fará o trabalho. O processo deve ser finalizado no próximo dia 22 de dezembro.
Sobre a possibilidade de novas enchentes por causa do entulho que ainda está acumulado no local, o diretor geral do Instituto explicou que, em um primeiro momento, as equipes já haviam feito um trabalho emergencial de remoção da madeira dos canais atingidos pelas enxurradas para evitar possíveis assoreamentos dos rios. "Depois de contratada a empresa, já iremos começar a limpeza das áreas consideradas mais críticas e, mais tarde, dos locais mais distantes".
Além disso, segundo o diretor geral, o início dos trabalhos no próximo dia 26 ocorre justamente para agilizar a limpeza e evitar enchentes.
Souza ainda afirma que os trabalhos ficarão prontos em até quatro meses, mas, até a metade de janeiro de 2012, as áreas mais frágeis já estarão livres do entulho que ainda está nos rios do litoral.
Além da remoção da madeira acumulada da enchente nos rios Jacareí e Miranda, o Instituto Águas do Paraná também fará a limpeza de 150 quilômetros de canais nos balneários do litoral. Os trabalhos dessa etapa terão na próxima segunda-feira (12). "É uma malha grande de canais e a limpeza vai garantir que as localidades de veraneio não enfrentem problemas de enchentes com o início da temporada de verão", explica Souza.
As fortes chuvas que atingiram o litoral do Paraná em março de 2011 causaram vários estragos nos municípios da costa paranaense. Ao todo, quatro pessoas morreram. Milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas. O município mais atingido foi Antonina, principalmente pela queda de barreiras. As rodovias federais, BR-277 e BR-376 ficaram interditadas e o acesso ao litoral foi dificultado por causa da destruição de pontes.