O governo de Minas Gerais confirmou na tarde deste sábado (7) a segunda morte causada pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, na quinta-feira (5), em Bento Rodrigues, subdistrito da cidade histórica de Mariana.
Segundo a prefeitura de Mariana, porém, 28 pessoas continuam desaparecidas. Entre eles, há cinco crianças entre 3 meses e 7 anos de idade.
O “tsunami de lama” destruiu centenas de casas, arrastou carros e caminhões e deixou ao menos dois mortos. A vila, que tem 121 casas e 492 moradores, segundo o IBGE, foi totalmente inundada pela lama.
A mineradora Samarco afirmou em nota que 253 pessoas, de 70 famílias, foram alocadas pela empresa em hotéis e pousadas da região de Bento Rodrigues.
Centenas de pessoas foram levadas em vans e ambulâncias à Arena Mariana, ginásio esportivo usado pela prefeitura para receber os desabrigados. Eles receberam roupas, comidas e assistência médica. Na manhã deste sábado (7), dezenas de familiares se aglomeravam na porta do ginásio, em busca de informações.
Mesmo com a lama ainda encobrindo a maior parte do subdistrito de Bento Rodrigues, alguns moradores já tentam voltar ao local.
Avanço da lama
O avanço da lama em um raio de mais de 100 km depois do rompimento das barragens deixou de prontidão 15 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, que são abastecidas pela bacia do Rio Doce.
Há risco de enchente e de desabastecimento de água, segundo a avaliação do Serviço Geológico do Brasil, do Ministério de Minas e Energia, que teme um impacto de grandes proporções.
Algumas cidades já cogitam a suspensão do fornecimento de água assim que a lama atingir rios e córregos.
Depois do acidente, outros cinco subdistritos além da vila de Bento Rodrigues foram atingidos: Águas Claras, Paracatu, Pedras, Fonte do Gama e Camargos.