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Mobilidade urbana

Governo de São Paulo adere ao bilhete único mensal de transporte

O governo de São Paulo decidiu aderir ao Bilhete Único mensal, projeto da Prefeitura da capital paulista que permitirá aos passageiros fazer quantas viagens quiserem de transporte público no período de um mês, por um preço fixo. Com isso, as Companhias do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) integrarão a rede que aceitará o benefício e não apenas os ônibus da São Paulo Transporte (SPTrans). Apesar disso, um bilhete mensal "exclusivo dos trilhos" também deverá ser lançado.

Numa reunião nesta segunda-feira, 18, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, receberam representantes do governador Geraldo Alckmin (PSDB), entre eles, os secretários dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e da Casa Civil, Edson Aparecido. Fernandes e Aparecido comunicaram a Haddad a decisão de Alckmin de adotar o Bilhete Único mensal, uma das principais promessas de campanha do prefeito para a mobilidade urbana.

De acordo com o que a reportagem apurou, o governo Alckmin planeja fazer o anúncio oficial da adesão na quinta-feira, 21, ou na sexta-feira, 22. Uma nova reunião marcada para esta terça-feira, 19, discutirá se o valor do Bilhete Único mensal continuará 140 reais, que foi prometido por Haddad. O governo do Estado apresentou três propostas de valor. Agora, com a adesão da rede metroferroviária, o preço poderá ser maior ou menor, segundo uma fonte ouvida pela reportagem.

Os técnicos dos dois lados discutem os ajustes que definirão o valor exato. O Bilhete Único mensal deve começar a valer para todos os sistemas no dia 30, data anunciada pelo prefeito de São Paulo e por Tatto no início do mês. Outro detalhe que ficou estabelecido é que o passageiro terá de esperar 30 minutos para poder usar novamente o Bilhete Único mensal na catraca. A medida é para evitar fraudes e valerá para ônibus, metrô e trens.

Bilhete 'sobre trilhos'

O governo estadual também estuda criar o próprio cartão mensal, exclusivo para a rede metroferroviária. Ele não valerá para os ônibus da SPTrans, só para o metrô e para a CPTM. O custo desse bilhete ainda não foi definido. Haddad teria "aprovado" a criação desse bilhete na reunião desta segunda-feira.

Esse novo cartão, porém, teria um papel bastante próximo do chamado Cartão Fidelidade, que existe desde 2011 no metrô e na CPTM e que permite fazer um número limitado de viagens por um preço mais barato ao longo de uma semana ou de um mês. Oficialmente, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos não confirmou a criação do novo bilhete temporal.

"O Bilhete Único mensal teria um alcance pequeno se não fosse integrado com o metrô e a CPTM, ia ser um negócio muito pequeno, que não ia dar certo", disse uma fonte da gestão Alckmin. Conforme ela, prefeito da capital paulista e o governador de São Paulo já haviam conversado sobre o assunto. Na semana passada, Alckmin fez uma reunião para tratar do assunto.

Com a adesão do sistema sobre trilhos, o interesse pelo bilhete mensal deve crescer bastante. Até o começo da semana passada, 120 mil passageiros já haviam se cadastrado na página da SPTrans na internet para recorrer ao benefício. A avaliação é de que, com a entrada do Metrô e da CPTM no "páreo", esse número pode chegar mais rápido perto da projeção inicial de 2 milhões de interessados. O cadastro, gratuito, pode ser feito no endereço eletrônico http://bilheteunico.sptrans.com.br.

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