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mil pessoas usam o transporte coletivo na Grande Florianópolis diariamente, de acordo com o sindicato das empresas de ônibus da cidade.
A prefeitura de Florianópolis e o Governo de Santa Catarina determinaram que as empresas de transporte coletivo garantam o transporte das 6h às 23h em toda a Grande Florianópolis. A decisão foi tomada após reunião na tarde de ontem, entre a Secretaria da Infraestrutura, o Departamento de Transportes e Terminais, a prefeitura e os sindicatos das empresas de transporte coletivo da Grande Florianópolis.
Em decisão anterior, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano da cidade havia decidido que os ônibus circulariam apenas até as 19 horas. Em nota, o governo de Santa Catarina disse que a determinação é que as empresas cumpram os contratos, o que será exigido pelo governo estadual e pelo Município. Para isso, o Estado vai oferecer a segurança necessária aos motoristas, cobradores e usuários.
A situação é um reflexo da insegurança entre os trabalhadores com a nova onda de atentados, registrados desde o dia 30 de janeiro em Santa Catarina.
O 98º ataque no estado foi registrado à 1h15 de ontem em Tubarão (a 174 km de Florianópolis), onde um caminhão foi parcialmente queimado. "Não estamos nos sentindo seguros, por isso decidimos parar", disse o sindicalista Antônio Carlos Martins. O transporte coletivo, paralisado ontem por uma hora em forma de protesto, opera com restrições em Florianópolis desde o início dos atentados.
Estado de medo
Segundo especialistas, a situação se agravou porque o governo demorou a reconhecer a crise. "Criou-se um estado de medo", disse o sociólogo e advogado Sandro Sell, professor de criminologia e direito penal. Ele critica a indicação de políticos para postos-chave da segurança pública. "Existe uma falta de harmonia entre os Poderes", avalia a professora Marina Keiko Nakayna, coordenadora de um grupo de estudos em segurança pública na UFSC. Na quarta-feira, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, definiram a transferência de presos que comandam ações criminosas de dentro do sistema prisional para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
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