Entrou em operação ontem a nova estrutura policial responsável pela investigação de homicídios cometidos no Paraná. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) extingue a Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba e setoriza os trabalhos da polícia, que agora passa a ter, oficialmente, equipes exclusivas para atuar em determinadas regiões da capital.
A nova proposta é uma antiga promessa do governo do estado, que foi renovada em 2013 após a Gazeta do Povo publicar a série Crime sem Castigo. Ao todo, serão quatro novas delegacias, vinculadas à Subdivisão de Homicídios da DHPP. Cada uma será responsável por um conjunto de bairros e funcionará com uma equipe de um delegado, seis investigadores e um papiloscopista. De acordo com a delegada Maritza Haisi, que assume o cargo de delegada titular da DHPP, este novo modelo não exigiu a contratação de novos profissionais. Atualmente, oito delegados atuam na investigação de homicídios da capital.
Prática
Na prática, o governo oficializa uma estrutura que já era adotada desde agosto de 2013, quando Maritza reassumiu a chefia da DH. Na primeira passagem pela Homicídios, em 2011, a delegada já tinha definido o modelo setorizado. "As delegacias de homicídio agora vão tratar, exclusivamente, de crimes de homicídios consumados e tentados, e de lesões corporais seguida de morte", explica Maritza. A apuração de casos de suicídios, mortes a apurar e desaparecimentos, por exemplo, passa para a Subdivisão de Proteção à Pessoa, que também incorporará a Delegacia de Crimes Contra a Saúde.
A nova estrutura também prevê que as equipes terão papiloscopistas próprios. Até então, estes profissionais eram "cedidos" pelo Instituto de Criminalística. Além das quatro unidades próprias de investigação de Curitiba, a Divisão cria também a Delegacias de Homicídio de Maior Complexidade, que assume as investigações de crimes cometidos antes de 2013.