Governo e Anac temem possível operação-padrão no feriado

Brasília – O governo e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estão em alerta contra uma possível operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo no feriado do carnaval. Ontem à noite, a Anac lançou um pacote de medidas para tentar evitar um apagão aéreo no feriado. O plano, traçado em conjunto com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), que administra os aeroportos, não tem uma linha sobre o controle do tráfego aéreo, que permanece com as mesmas dificuldades de três meses atrás, quando houve o primeiro apagão aéreo no feriado de Finados, quando 100% dos vôos tiveram algum tipo de atraso. As principais contendas são falhas nos equipamentos e falta de pessoal.

Para tentar reverter a situação, a Aeronáutica promoveu ontem, no Rio, uma reunião com todos os coordenadores e chefes de divisões operacionais do país. Juntos, eles fizeram um levantamento do números de vôos previstos para o período entre terça-feira (13) e dia 27, adequando as escalas de trabalho dos controladores à demanda.

A diretora da Anac, Denise Abreu, ao falar do plano para o carnaval, deixou clara a preocupação com o que pode acontecer no setor. "No que diz respeito às empresas aéreas, estamos tranqüilos. Quanto ao controle do espaço aéreo, não posso me manifestar sobre eventuais problemas que ocorram na alçada da Aeronáutica."

Por enquanto, a Força Aérea Brasileira (FAB) descarta um novo aquartelamento dos funcionários militares. Paralelamente a isso, a Aeronáutica começou a distribuir lanches aos militares durante o horário de trabalho. Os militares têm recusado a merenda, numa demonstração da insatisfação com a posição do governo, que até hoje não apresentou contraproposta ao projeto de desmilitarização da categoria.

Os controladores avisam que, como a demanda de vôos cresce 20% no carnaval, não há como evitar atrasos nos aeroportos. Isso, segundo eles, não se trata de fazer operação-padrão, pois, com equipamentos deficientes e pouca gente, não há como monitorar tantos aparelhos.

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Os planos de emergência evitarão um novo caos nos aeroportos?

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