O governo do Paraná e a Pastoral da Criança firmaram na manhã desta terça-feira (11) um acordo para combater os índices de mortalidade no estado. Durante a reunião semanal do secretariado, foi anunciada a liberação de R$ 24 milhões para a implantação do programa "Pacto Estadual pela Vida – Estratégias para Redução da Mortalidade Materno-Infantil".

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De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), um dos principais pontos do projeto é o repasse de recursos para a construção de unidades de saúde especiais e compra de equipamentos para atendimento integral à mulher e à criança. As unidades serão construídas, em uma primeira etapa, em 60 municípios.

Também estão previstas no plano a estruturação e entrega de mais seis centros de atenção à mulher, o "Ser Mulher", com atendimento integral. Atualmente já existem oito e outros oito estão em processo de implantação.

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Da mesma maneira será realizada a construção de novas casas de apoio a gestantes. Estes locais servem para que pessoas com domicílio de difícil acesso aos hospitais, como no caso de residências em distritos rurais, não precisem fazer constantes deslocamentos. As gestantes serão assistidas naquele local aguardando o momento do parto. Hoje 36% das mortes ocorrem durante a gestação e o parto.

A Pastoral da Criança, que atende atualmente 216 mil crianças no Paraná, irá orientar e encaminhar as crianças e gestantes para as unidades que serão construídas

Unicef

Uma outra parceria, desta vez com a Unicef, também está em andamento para a reprodução de um material informativo com orientações sobre o aleitamento materno. Além disso, o estado oferecerá medicamentos para o tratamento das gestantes com toxoplasmose congênita – que pode levar a cegueira completa da criança –, assessorar na estruturação e equipar bancos de leite humano.

Em um primeiro momento, o público-alvo são os municípios que entre os anos de 1999 a 2005 vêm apresentando mortalidade infantil crescente ou oscilante, com a presença de mortalidade materna e que possuem Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média do Estado.

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Em 2003, havia 16,46 mortes para 1.000 nascidos vivos. No ano seguinte, este valor diminuiu para 15,41. Já em 2005, o índice preliminar está em 14,4 e segundo especialistas na área não devera superar a marca dos 15.