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Logo pela manhã, os professores foram até a frente da sede da Seed para se manifestar. Lá dentro ocorreu o primeiro encontro entre a nova secretária e os sindicalistas. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Logo pela manhã, os professores foram até a frente da sede da Seed para se manifestar. Lá dentro ocorreu o primeiro encontro entre a nova secretária e os sindicalistas.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Nessa quinta-feira (7), oito dias após a reação policial contra o protesto dos professores no Centro Cívico, que terminou com mais de 200 feridos, governo e docentes sentaram à mesa para negociar com o objetivo de terminar a greve, retomada há duas semanas pela categoria. Ontem, a nova secretária estadual da Educação, Ana Seres Comin, recebeu representantes sindicais e o consenso da reunião foi agilizar a volta às aulas. A maneira como isso será possível, no entanto, ainda está em suspenso.

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A costura de um acordo ainda depende da proposta de aumento salarial que o governo apresentará à categoria. Até a semana passada, o principal motivo de os professores estarem de braços cruzados era a votação das mudanças na Paranaprevidência. Com a aprovação do Projeto de Lei, o foco passou a ser outro, afinal maio é o mês da data-base dos servidores públicos do estado – entre eles os professores.

Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o reajuste previsto pelo estado é de 5,5% para este ano. A APP Sindicato, no entanto, já antecipou que a categoria não deve aceitar menos do que 8,5%, o correspondente à inflação dos últimos 12 meses medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Nós queremos [também] que o pagamento seja feito em parcela única, de forma integral. Houve melhora na arrecadação. Não tem justificativa”, diz o presidente da APP Sindicato, Hermes Silva Leão.

Em entrevista à Gazeta do Povo logo após o fim da reunião com os docentes pela manhã, a secretária confirmou que o retorno dos professores às salas de aula “ficou condicionado ao percentual que será apresentado pelo governo estadual”. “E também nos comprometemos a não lançar as faltas dos professores no mês de abril. Queremos que a greve termine o mais rápido possível, porque o tempo para a reposição das aulas é muito curto”, acrescentou.

A reunião durou cerca de uma hora e meia e foi realizada na Secretaria de Estado da Educação (Seed). Do lado de fora, cerca de 300 professores e servidores da Educação, segundo o sindicato, realizavam uma manifestação, com cartazes e bandeiras, acompanhados de um pequeno caminhão de som.

Durante a reunião, foi discutido o pedido de suspensão dos descontos nos salários dos professores parados. A estimativa da secretária e da APP Sindicato é de que 80% dos docentes tenham aderido ao movimento. Um detalhe no repasse das chamadas feitas pelos diretores fez com que a Seed suspendesse os descontos por enquanto.

A secretária disse que os descontos dos dias parados devem ser rediscutidos a partir da folha de junho. Ela enfatizou que depende do entendimento da Justiça em relação à greve para que a pasta tenha uma definição sobre o assunto.

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