O diretor geral da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), Luiz Carlos Giublin Júnior, não teme que a retomada da administração dos estabelecimentos prisionais crie um clima de insegurança nas unidades. "As terceirizadas têm diretores, vice-diretores e chefes de segurança que pertencem ao quadro do estado. Essas pessoas conhecem o histórico das unidades e vão continuar", garante.
Além disso, lembra Giublin, em três estabelecimentos serão utilizados agentes que já atuavam nas unidades e que estão sendo contratados por meio de um Processo de Seleção Simplificado (PSS), que leva em conta a experiência dentro do sistema. Isso já ocorreu na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP). Em outras três unidades serão loteados os agentes penitenciários selecionados pelo concurso público de 2004. Atualmente eles estão na fase de treinamento, que deve durar de seis meses a um ano.
Giublin julga que ainda é cedo para calcular, mas acha que a retomada das unidades prisionais vai criar uma economia para o estado. Atualmente, os contratos com as três empresas que administram seis estabelecimentos terceirizados somam cerca de R$ 3 milhões mensais. "Apesar dos gastos que teremos com a mão-de-obra, no custeio acredito que teremos uma redução", aposta. "Essa redução vai variar de unidade para unidade", estima.
As empresas recebem por detento e o valor varia de acordo com a população carcerária. Na PEP, por exemplo, cada preso tinha um custo mensal de R$ 1.185 para o estado. O valor é menor na Penitenciária Industrial de Guarapuava, onde cada detento custa R$ 1.557 mensais. Nas Casas de Custódia de Curitiba e Londrina, de acordo com Giublin, o valor gira em torno de R$ 1.000.
Segundo o diretor da Seju, foram feitas vistorias na estrutura física da PEP e da Casa de Custódia de Curitiba, já que as instalações pertencem ao governo do estado, e não foram constatados problemas. As outras unidades também passarão por vistorias na estrutura física, no mês anterior à retomada.