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Brasília – O governo federal anunciou na noite de ontem uma "intervenção branca" nas companhias aéreas para impedir novos problemas nos aeroportos durante o réveillon. A venda de passagens está limitada, os cancelamentos e remanejamentos de vôos foram suspensos e as empresas deverão manter aeronaves e tripulações de reserva para eventuais problemas.

A decisão foi tomada ontem em reunião de três horas entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Ministério da Defesa e outros órgãos ligados ao setor. A intervenção branca foi denominada de plano de emergência e dura até o dia 2 de janeiro, segundo o ministro da Defesa, Waldir Pires.

Ontem, a situação foi tranqüila tanto em Congonhas como em Guarulhos, com o registro de um único caso de overbooking – venda de passagens acima da capacidade do avião –, mas sem filas. O balanço da Anac indica que, entre 0h e 10h30, 18,35% dos 670 vôos tiveram atraso superior a uma hora. Na quarta-feira, no mesmo período, os atrasos afetaram 15,38% dos vôos.

Desde a semana passada, técnicos da Anac analisam cada rota e cada aeronave prevista para operar nesses dias. A agência determinou a redução de 20% na venda de passagens, impedindo ainda a venda de novos bilhetes. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias não comentou as medidas até a conclusão desta edição.

Segundo o "plano de emergência", a TAM deverá dispor de dez aeronaves de sobreaviso – cinco durante todo o tempo e outras cinco em horários de pico. A Gol deixará duas aeronaves paradas. E as demais também terão reservas, cuja quantidade não foi divulgada. Além de usar as aeronaves em vôos que apresentem problemas, as companhias também poderão ceder os aviões para as concorrentes em caso de necessidade.

O uso de aviões reserva pelas companhias afasta, ao menos por enquanto, o embarque em aviões da Força Aérea Brasileira, como ocorreu durante o Natal. Segundo Pires, as aeronaves militares devem ser usadas apenas em casos excepcionais.

Cada aeronave reservada pelas companhias precisará ter tripulação pronta para partir. No caso da TAM, a empresa ficou obrigada a elevar em 20% a quantidade de atendentes nos balcões dos aeroportos.

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