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meio ambiente

Governo investe na salvação do Igapó

Diagnóstico completo do lago será feito por empresa privada, ao custo de R$ 135 mil | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
Diagnóstico completo do lago será feito por empresa privada, ao custo de R$ 135 mil (Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina)

Dentro de quatro meses, a população e o poder público de Londrina devem conhecer, em detalhes, as medidas necessárias para salvar do assoreamento o Lago Igapó – um dos principais cartões-postais da cidade. Desde a última semana, uma empresa contratada pelo governo do estado, ao custo de R$ 135 mil, está realizando um diagnóstico completo do lago artificial, inaugurado em 1959. A situação do leito do Igapó é tão complicada que, em alguns pontos, os sedimentos já chegam à superfície da água, formando ilhas.

Além de testes de ecobati­metria (para medir a profundidade do lago e saber quanto está assoreado), o termo de referência que norteia o estudo inclui coleta e análise do lodo depositado no fundo (para determinação da destinação correta dos resíduos), estudo de impacto ambiental, tipo de maquinário necessário, custo total do serviço e audiência pública para discutir as soluções encontradas.

De acordo com Márcio Nunes, presidente do Instituto das Águas do Paraná – órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente responsável pela licitação que contratou a RDR Consultores Associados para o projeto –, o diagnóstico será importante para nortear a ação posterior. "Essas ações [de desassoreamento] precisam ser feitas dentro de uma periodicidade. Em Curitiba, o governo está fazendo rios urbanos como o Iguaçu, o Belém, e as enchentes diminuíram significativamente."

Formado por oito cursos de água, que passam por 68 bairros de Londrina e nove de Cambé, o Lago Igapó é dividido em lagos 1, 2, 3 e 4. Segundo o secretário municipal do Ambiente de Londrina, Cleuber Moraes Brito, a menor profundidade é encontrada no Lago 4, onde há muita descarga da galeria pluvial no leito. O secretário acrescenta que, se nada for feito, a tendência é que o Lago Igapó perca a capacidade de armazenamento e passe a transbordar constantemente com chuvas mais fortes, problema já verificado em alguns pontos.

Para Cleuber Brito, ainda é prematuro falar em valores, mas o custo total do desassoreamento deve ser de "algumas dezenas de milhões de reais".

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