5ª reunião da Mesa Específica e Temporária que debate a reestruturação da carreira dos docentes foi realizada nesta quarta-feira (15).| Foto: Reprodução/ SINASEFE
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Após um mês da greve dos professores de universidades federais e dos institutos federais, o governo do presidente Lula apresentou nesta quarta-feira (15) uma nova proposta de reajuste com diferentes níveis de reajustes para a categoria.

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A proposta foi apresentada em uma reunião com vários representantes da classe e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Na ocasião, ficou definido que essa será a última oferta do governo.

De acordo com o governo, não haverá reajuste neste ano. No entanto, os que ganham mais receberiam um aumento de 13,3% até 2026, e os que ganham menos, de 31%, até o fim do mandato do presidente Lula.

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No mês passado, o governo propôs 9% de reajuste em 2025 e 3,5% em 2026 para as categorias, sem nenhum percentual previsto para 2024. No entanto, a classe tem desejado 7% em 2024, 9% em 2025 e 5% em 2026. O reajuste ideal tem dividido representantes dos docentes e a falta de reajuste neste ano desagradou o movimento.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) informou que o governo mais uma vez ignorou a pauta do movimento. O sindicato tem defendido a unificação de carreira entre docentes do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e do Magistério Superior (MS), estrutura de 13 níveis sem classes, progressão de carreira com aumento de 5% entre cada “step”, entre outros aspectos.

Com a nova oferta do governo, os sindicatos irão discutir o que foi apresentado em novas assembleias para definir se irão aceitar ou recusar a proposta na 191ª Plenária Nacional – a ser convocada pelo Comando Nacional de Greve (CNG). A resposta deverá ser dada até o dia 27 de maio, conforme determinação do governo.

O SINASEFE informou que "a greve nacional tem paralisado, por tempo indeterminado, mais de 550 unidades de ensino em 25 estados e também no Distrito Federal". "Uma das principais pautas da nossa greve é justamente a reestruturação das carreiras do EBTT e do PCCTAE, além da recomposição salarial das perdas financeiras dos governos Temer e Bolsonaro", declarou.

Na última segunda (13), o movimento se reuniu em uma nova mesa de negociação com o Ministério da Educação (MEC) e realizou um ato na frente da pasta, em Brasília, para pressionar pelas pautas apresentadas. Porém, informaram que a reunião foi "sem sucesso" e não conseguiram "avançar na negociação".

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O movimento grevista conta com a adesão de 47 Institutos Federais (IFEs) e atinge 40 universidades federais, além de cinco institutos federais e dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) base do sindicato nacional.