As novidades
Trabalho - Nelson Garcia (PSDB), deputado estadual. Foi eleito pela primeira vez em 1.990 representando Umuarama e outros municípios da Região Noroeste. Fez parte da base de apoio de Requião no primeiro mandato.
Planejamento Ênio Verri (PT), deputado estadual. Professor universitário, em 2001, foi nomeado secretário de Fazenda de Maringá pelo prefeito José Cláudio. Em março de 2005 se tornou o chefe de gabinete do Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Cohapar Rafael Greca (PMDB). Tentou a reeleição para deputado estadual, mas não conseguiu. É formado em Economia e Engenharia, com especialização em urbanismo. Foi vereador, deputado estadual, prefeito de Curitiba, deputado federal e Ministro do Esporte e Turismo.
Agricultura Valter Bianchini. Foi secretário de Agricultura Familiar no governo Lula. Agrônomo, tem especialização em Políticas Públicas e Agricultura pela Unicamp e é doutor em Meio Ambiente pela UFPR.
Obras Marcelo Almeida (PMDB). Concorreu a deputado federal mas ficou como primeiro suplente do partido. Foi eleito vereador de Curitiba por duas vezes e diretor geral do Detran. É engenheiro civil formado pela PUC.
Indústria Virgílio Moreira Filho. Assume novamente a secretaria da Indústria e Comércio e Assuntos do Mercosul de Requião, cargo que já ocupou durante um ano e dois meses. É presidente da Associação Comercial do Paraná. É formado em Administração de Empresas.
A posse de seis secretários de Estado, marcada para a próxima segunda-feira, põe fim à reforma do primeiro escalão do governo estadual. O governador Roberto Requião (PMDB) conseguiu acomodar na sua equipe todos os aliados mais próximos. As trocas foram mínimas e não representam mudanças drásticas na parte administrativa. Alguns secretários foram remanejados para abrir espaço para ex-deputados. Para facilitar a indicação dos nomes foram criados mais dois cargos de assessor especial e quatro coordenadorias regionais com salários de secretários de Estado, de R$ 11, 2 mil.
A reforma teve início no ano passado, com a saída de integrantes que disputaram as eleições. Na época, os cargos foram preenchidos por secretários interinos e o governador esperou o começo do ano para definir os nomes. Embora alguns dos novos secretários tenham afinidade com a área em que vão atuar, o principal critério de escolha foi político. Uma das principais mudanças é a entrada de Ênio Verri (PT) na secretaria de Planejamento. Outra novidade é o agrônomo Valter Bianchini, na Agricultura.
Pastas que já vinham sendo ocupadas por deputados no primeiro mandato seguem na mesma linha agora. É o caso de Rafael Greca, na Cohapar, e Nelson Garcia na secretaria do Trabalho. Greca entra no lugar de Luiz Cláudio Romanelli, que foi eleito deputado estadual em outubro. Nelson Garcia, um dos tucanos que defenderam a reeleição do governador, assume a Secretaria do Trabalho. Substitui Padre Roque (PT), que disputou a eleição para deputado estadual, mas não foi eleito.
O ex-diretor do Detran, Marcelo Almeida, vai para a Secretaria de Obras no lugar de Luiz Caron, que foi remanejado para outra função no governo, criada especialmente para ele. Caron será um secretário especial responsável por obras como a construção do futuro Centro Judiciário de Curitiba.
Na equipe do governador também foi aberto espaço para os deputados estaduais não reeleitos Natálio Stica (PT), Hermes Fonseca (PT) e Ademir Bier (PMDB). Os petistas vão assumir diretorias na Sanepar e Bier, primeiro suplente do partido, será um dos diretores da Ferroeste. Victor Hugo Burko (PL), que disputou a eleição como vice-governador na chapa de Flávio Arns (PT), ganhou a presidência do Instituto Ambiental do Paraná no lugar de Rasca Rodrigues, que por sua vez virou secretário do Meio-Ambiente. Rasca está na pasta desde a campanha eleitoral, quando Luiz Eduardo Cheida disputou a eleição para deputado estadual.
O secretário da Agricultura em exercício, Newton Pohl Ribas, vai ganhar uma coordenadoria especial do Leite. O ex-deputado estadual Vanderlei Iensen (PMDB) retorna para a chefia de gabinete do governador, cargo que ocupou também no mandato passado.
O engenheiro Rogério Tizzot, que ficou como secretário dos Transportes interino com a saída de Waldyr Pugliesi, eleito deputado estadual, foi promovido a titular da pasta. Aldair Rizzi, que era secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foi indicado para a diretoria do Lactec. A ex-reitora da Universidade Estadual de Londrina, Lígia Pupatto, assumiu como secretária no lugar Rizzi.
O chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, disse que todos os escolhidos pelo governador têm habilidade e competência para os cargos que estão assumindo, principalmente os ex-deputados e ex-vereadores. "Quem já passou pela Assembléia tem vivência política, adquire experiência e se montar uma boa equipe técnica na secretaria não terá dificuldade", disse.
Para o líder da oposição ao governo na Assembléia, Valdir Rossoni (PSDB), esse é o "secretariado dos descontentes". A definição é uma brincadeira com o fato de que vários dos novos titulares do primeiro escalão ficaram sem mandato. "É a gratificação de cada um pelo apoio na campanha", disse. O deputado afirmou que a máquina inchou ainda mais com a criação de duas novas secretarias especiais e quatro coordenadorias de regiões metropolitanas, com salários de quase R$ 12 mil. "Tem secretário do Leite, secretário da Pedra, secretário da reforma do Palácio. É gente demais para pouca função", ironizou.
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