São Paulo O governo do PT não seguiu os mandamentos tradicionais na distribuição e pagamento das emendas parlamentares, talvez por confiar que o mensalão resolveria as grandes pendências de forma heterodoxa, diz o cientista político Carlos Pereira, da Universidade de Michigan e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
"O governo operou mal a execução (liberação de recursos) de emendas parlamentares. Não se preocupou com a fidelidade dos aliados", disse Pereira.
Um dos indicativos dessa operação equivocada é que proporcionalmente o PT teve mais emendas parlamentares liberadas no segundo governo Fernando Henrique (5,75% do total, com 11% das cadeiras) do que no próprio governo Lula (7,71% do total, com 17,7% dos assentos). O PL levou muito mais vantagem que os petistas.
O governo Lula também negligenciou o controle da liberação das execuções, segundo Pereira, o que comprometeu a capacidade de cobrar fidelidade da coalizão. O estudo mostra, por exemplo, que quando lançou suas denúncias demolidoras, Roberto Jefferson já não tinha pontes com o governo e sabia que estava sendo inexoravelmente rifado. Em 2005, ele só conseguira 0,06% do total de emendas parlamentares dos 19 deputados mensaleiros, executadas pelo governo. Outros envolvidos conseguiram infinitamente mais.
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