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Caiobá

Governo proíbe entrevista com acusado de crime do Morro do Boi

A entrevista coletiva que Juarez Ferreira Pinto daria nesta quarta-feira (10), não foi autorizada pela secretaria estadual da Justiça e da Cidadania (Seju). Juarez é suspeito de ter matado o jovem curitibano Osíris Del Corso, 22 anos, e ter atirado na namorada dele, Monik Pergorari de Lima, no dia 31 de janeiro, no Morro de Boi, em Caiobá, no Litoral do estado.

Em uma nota oficial, o secretário da Justiça Jair Ramos Braga afirmou que a Lei de Execução Penal não permite que os presos deem entrevistas coletivas e que o ato não havia sido autorizado pela Justiça. "Sendo assim, não será permitido que se faça sensacionalismo com o caso." Braga disse também que o objetivo da entrevista coletiva - solicitada pelo advogado de defesa de Juarez, Nilton Ribeiro -, seria apresentar provas sobre a inocência do suspeito. No entanto, o espaço para isso seria o processo criminal. Dessa forma, segundo o secretário, o advogado de defesa não poderia argumentar que a Seju estava cerceando o direito de defesa.

Já o advogado de Juarez, Nilton Ribeiro, classificou a medida como arbitrária e disse que a decisão afetava o direito de defesa de seu cliente. Ribeiro alegou também que Juarez não cometeu os crimes dos quais é suspeito.

Prisão

Juarez foi preso no balneário de Santa Terezinha, no Litoral paranaese, no dia 17 de fevereiro, e a prisão temporária foi convertida em preventiva no dia 11 de março, pela Justiça de Matinhos. O suspeito está preso no Complexo Médico Penal, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Juarez foi denunciado pela promotoria da cidade por quatro crimes: latrocínio (roubo seguido de morte), roubo seguido de lesão corporal grave, atentado violento ao pudor e por perigo de contágio de moléstia grave.

A jovem baleada teria reconhecido o suspeito, mas ele negou as acusações. Já o exame de DNA - feito pelo Instituto de Criminalística - comparando a amostra de sangue encontrada na camiseta do possível criminoso com o sangue de Juarez deu negativo. Dias depois, foi descartada a possibilidade de que a camiseta tivesse relação com o crime.

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