Mobilização
Polícia impede ingresso de manifestantes em evento com presidente
Agência O Globo
Impedidos de chegar à solenidade onde a presidente Dilma Rousseff inaugurou uma nova fábrica da Braskem, em Marechal Deodoro, no Alagoas, servidores em greve e manifestantes do Movimento dos Sem Terra (MST) bloquearam nesta sexta-feira a BR-314 por mais de 40 minutos e chegaram a danificar, com porretes, o carro do presidente do Tribunal de Justiça do Alagoas, desembargador Sebastião Costa Filho. Irritado, o magistrado desceu do veículo, tomou o porrete da mão de um dos manifestantes e partiu para o confronto.
Segundo o senador Benedito de Lira (PP-AL), que ficou preso na confusão Marechal Deodoro, a multidão estava bastante agressiva. "Eu defendo o direito de manifestação, esse direito é sagrado. Mas há momentos em que se abusa demais dele", disse ele, que estava acompanhado do senador Renan Calheiros durante a confusão.
Logo no início da manhã, a polícia impediu que 11 ônibus com manifestantes trafegassem pela BR-314, que dá acesso ao parque industrial da empresa. Os manifestantes saltaram dos veículos e bloquearam a avenida, provocando engarrafamento. A polícia tentou conter o conflito. Não houve presos e detidos.
A Polícia Militar de Alagoas havia mobilizado cem homens para fazer barreiras em toda a BR-314. No entanto, cerca de 200 manifestantes conseguiram furar o bloqueio porque foram com carros particulares.
Entre os servidores em greve estão representantes da Universidade Federal de Alagoas, que reclamam das condições de trabalho na cidade de Arapiraca, onde o campus universitário fica ao lado de um presídio. Eles ressaltaram que decretaram greve antes das outras universidades por conta da falta de segurança.
78%
É a diferença salarial entre as categorias representadas na reunião de ontem e os profissionais cujas carreiras têm rendimentos regidos pela lei 12.277 como engenheiros, arquitetos, economistas e geólogos, segundo o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, Josemilton Costa.
Efeitos na pele
A universidade onde você estuda está programada para parar? O que você pensa disso?
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
Federais
Greve chega ao fim para os docentes da UnB e de mais três universidades
Folhapress
Os professores da Universidade de Brasília (UnB), uma das maiores instituições federais do país, decidiram ontemencerrar a greve da categoria, iniciada há três meses.
Com placar apertado, os docentes optaram por voltar às salas de aula já na próxima semana: foram 130 votos a favor do encerramento da greve, 115 contra e 13 abstenções.
Segundo a associação dos docentes da UnB (ADUnB), o prejuízo já provocado no calendário acadêmico estimulou a decisão. A paralisação começou antes da conclusão do primeiro semestre letivo.
Professores de outras três universidades também já decidiram pelo fim da greve: as federais de São Carlos; do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Parte dos docentes da Federal de Santa Catarina (UFSC) e do campus Guarulhos da Unifesp também adotaram a mesma postura.
Segundo Josevaldo Cunha, diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) a saída de docentes de algumas universidades faz parte do jogo.
Ele lembra que a maior parte das instituições que saíram da greve é ligada a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior, única entidade a concordar com a oferta do governo.
O governo federal propôs ontem reajuste de 15,8%, a ser pago até 2015, a 18 setores do serviço público federal, enquadrados no Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e nas carreiras da Previdência, Saúde e Trabalho (PST). As informações são da Agência Brasil.
A informação é da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que representou os servidores em reunião, ontem, com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. A proposta foi considerada insatisfatória, mas os líderes sindicais aceitaram debater ajustes na oferta. Uma nova rodada de negociações foi agendada para hoje, às 14 horas.
A proposta feita à Condsef é idêntica às já apresentadas aos técnicos administrativos das universidades federais e aos peritos e delegados da Polícia Federal (PF). Segundo o secretário-geral da entidade, Josemilton Costa, a oferta não atende à pauta de reivindicações dos 18 setores, que reúnem 500 mil trabalhadores do serviço público federal.
Os servidores pleiteavam equiparação com as carreiras contempladas pela lei 12.277 que trata dos rendimentos de engenheiros, arquitetos, economistas e geólogos dentro do funcionalismo. De acordo com Costa, a justificava do governo para não conceder a equalização são as restrições orçamentárias no momento de crise econômica.
Consenso
Costa diz que, apesar da insatisfação com o porcentual, foi alcançado um consenso no sentido de incorporar o reajuste aos vencimentos básicos das carreiras, e não às gratificações. Os sindicalistas também querem uma proposta que contemple separadamente servidores de nível superior, técnicos administrativos e auxiliares em lugar de um aumento linear, como foi proposto. "Essa reunião pelo menos apontou um caminho. A nossa área técnica vai se reunir com os técnicos deles [do Ministério do Planejamento] para buscar uma proposta que fortaleça o vencimento básico.
Polícia Federal cancela ações, mas irá recorrer da decisão do STJ
Folhapress
A federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) informou ontem que não fará mais operações-padrão nos aeroportos, portos e fronteiras do país, após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibir o procedimento.
A entidade, no entanto, disse que vai recorrer da decisão. "A decisão é questionável. O que é operação-padrão para o ministro? É só o transtorno em aeroportos? Não é uma fiscalização efetiva?", afirma Paulo Paes, diretor de estratégia sindical da Fenapef.
A operação-padrão consiste em uma vistoria detalhada da bagagem e dos documentos dos passageiros, que geralmente é feita por amostragem.
Paes destacou o maior número de apreensões de drogas e munições decorrentes das operações-padrão feitas pela categoria na quinta-feira, cujo balanço final ainda será divulgado, em um dia marcado por transtornos em ao menos 15 aeroportos do país. O STJ determinou uma multa de R$ 200 mil por dia caso haja desrespeito à determinação.
Para a próxima semana, estavam marcadas uma operação-padrão no porto de Santos e nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo. Uma operação apelidada de "Blecaute" estava prevista atingiria portos e aeroportos.
Apesar do fim das operações-padrão, os sindicatos prometem outras manifestações ao longo do período de greve. A decisão vale também para os policiais rodoviários federais.
Paraná
O Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef-PR) disse que pretende fazer novas manifestações no Paraná nos próximos dias, apesar da proibição de novas operações-padrão pelo STJ. A entidade disse que realizou durante o dia uma reunião com a Fenapef para decidir como a categoria responderá à decisão judicial.
Mesmo com a ameaça de aplicação de multa, os policiais federais afirmam que não devem se intimidar com a decisão. "O movimento não vai parar por causa disso, vamos ter que levar nossa luta para frente com outras armas", disse o presidente do Sinpef-PR, Fernando Vicentine. Hoje, representantes da Polícia Rodoviária Federal promove uma assembleia para definir os rumos da mobilização.
UEPG inicia paralisação, mas adesão é parcial
Maria Gizele da Silva, da sucursal
O primeiro dia de greve dos docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos Campos Gerais, esvaziou ontem o câmpus central, que reúne os cursos da área de Humanas, e alterou parcialmente o cenário do câmpus de Uvaranas, pois os cursos das áreas de Saúde e de Engenharia tiveram aulas normalmente. A coordenação do movimento diz que a adesão foi de 90% e que a greve não tem data para acabar.
No câmpus central havia faixas e cartazes sobre a greve em todos os corredores. Apenas os técnico-administrativos da UEPG e os alunos e professores da Universidade Aberta da Terceira Idade (Uati) estavam em atividade.
De acordo com mensagem de um projeto de lei, assinada na última quarta-feira pelo governador Beto Richa e que será enviada à Assembleia Legislativa para análise, os docentes das universidades e faculdades estaduais terão um reajuste médio de 31,73%, a partir de outubro, com o plano de equiparação salarial dos professores com o quadro técnico das instituições.
O professor e chefe do departamento de Odontologia, Fábio André dos Santos, que trabalhou ontem, disse que a decisão pela paralisação foi muito rápida. "Houve assembleia num dia e greve no outro", lembra. Ele afirma que as aulas práticas na clínica odontológica não podem parar.
O reitor da UEPG, João Carlos Gomes, lembra que a preocupação é que o movimento não prejudique o andamento do calendário escolar. "Eu e todos os reitores estamos acompanhando as reivindicações dos professores e pensávamos que a situação já estava contornada", afirma. Conforme a presidente do Sinduepg, que representa a categoria, Jeaneth Stefaniak, o comando de greve vai se reunir na Assembleia Legislativa, na próxima semana, para pressionar os parlamentares a votarem a mensagem do governador em regime de urgência. "Só vamos parar a greve quando o projeto estiver aprovado e publicado", enfatizou.
A primeira
A UEPG foi a primeira instituição estadual a entrar em greve neste ano. Na UEM, em Maringá, na Unicentro, em Guarapuava, e na Unioeste, em Cascavel, a paralisação inicia na próxima terça-feira, dia 21, enquanto que a UEL, de Londrina, e a Uenp, dos municípios do Norte Pioneiro, entram em greve no próximo dia 3.
Colaborou Antonio Senkovski
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