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Estradas

Governo quer barrar na Justiça alta do pedágio

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) apresentou ontem, no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, seis ações que solicitam a suspensão da execução das liminares que autorizaram o reajuste anual das tarifas do pedágio no estado.

As seis concessionárias que atuam no Paraná obtiveram junto à Justiça Federal de Curitiba antecipações de tutela que garantem a aplicação do aumento. As tarifas estão de 3,3% a 10% mais caras desde o dia 1.º de dezembro, e só foram praticadas à medida em que as empresas recebiam decisões favoráreis. A Rodonorte foi a última a receber a garantia judicial, há uma semana.

Os recursos apresentados seguem a orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), segundo explicou o secretário estadual dos Transportes e diretor do DER, Rogério Tizzot. Neles, o governo pede a suspensão das liminares em favor das concessionárias até que as 44 ações dos outros anos – que discutem desde reajustes tarifários até questões contratuais – sejam julgadas. "As tarifas estão muito altas em relação ao benefício que os usuários têm ao trafegar em estradas pedagiadas", diz Tizzot.

Proibição

Como ocorre desde 2003, o DER não homologou o pedido de reajuste, mas neste ano decidiu encaminhar ofícios às empresas proibindo a sua aplicação. Os representantes das concessionárias entenderam que a atitude foi arbitrária e decidiram consultar a Justiça Federal, para garantir o aumento anual das tarifas e evitar invasões aos pontos de cobrança.

O diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias no Paraná (ABCR-PR), João Chiminazzo Neto, ressalta que os reajustes são contratuais e não dependem da aprovação do governo: "Esse pedido de suspensão de liminares é uma clara demonstração da filosofia de desrespeito aos contratos".

Já o secretário estadual dos Transportes afirma que existem ações ainda não julgadas que questionam os contratos em vigor. "O governo insiste na tese de que o pedágio foi mal implantado no estado e sofreu alterações durante o processo", diz. Tizzot acrescenta que várias obras acabaram sendo retiradas dos contratos na gestão passada. "Os contratos foram feitos de uma forma muito favorável às concessionárias, e estamos questionando porque estabelecem determinadas relações que podem ser prejudiciais ao interesse público", destaca.

Multa

A Rodonorte providencia o conserto da balança da praça de pedágio de Imbaú, na BR-376. Na última sexta-feira, o Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem) emitiu auto de interdição. A balança registrava peso superior ao real. Foram feitos 10 testes e a maior diferença apontada foi de 674 quilos.

Conforme a assessoria de comunicação da concessionária, o defeito havia sido registrado quatro dias antes da fiscalização do Ipem e, neste período, os caminhoneiros não estavam sendo multados. O gerente do Ipem de Londrina, Marcelo Trautwein, disse que a multa será analisada pelo departamento jurídico e pode variar de R$ 100 a R$ 1,5 milhão.

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