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Para recompor o déficit estimado de 33% no efetivo da Polícia Civil do Estado de São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública do estado deve lançar ainda neste ano um novo concurso para mais 3.500 policiais e chamar com brevidade os aprovados no último certame. Atualmente há apenas 22,6 mil policiais na corporação; a meta do governo é alcançar 30 mil integrantes até o fim do mandato, em 2026.
A promessa é de que o novo concurso tenha tramitação bastante acelerada para que em 13 meses, a contar do lançamento do edital, os aprovados já estejam na ponta da linha atuando. “Temos 2.900 vagas do concurso que está em andamento e autorizadas mais 3.500. A diferença é que para as vagas que estamos abrindo agora vamos dar uma celeridade muito maior do que os editais anteriores. Ainda em 2024, esses 2.900 mais os 3.500 vão estar juntos. Estamos falando de 6.400 policiais, reduzindo em grande parte o percentual de defasagem da Polícia Civil”, afirmou à Gazeta do Povo Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do governo paulista.
Governo abriu 5,6 mil vagas para a PM, que também possui déficit no efetivo
Para a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), que registra o menor efetivo nos seus 192 anos de história, foi aberto um concurso emergencial em abril para preencher 5.600 vagas. Atualmente a corporação possui 79 mil policiais e registra déficit de cerca de 20%. A meta do governo é que a corporação alcance 90 mil integrantes até 2026.
No início de maio, o governo encaminhou à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) um projeto de lei com tramitação em regime de urgência para aumentar os salários das polícias estaduais. A proposta foi aprovada por unanimidade no mesmo mês e garantiu aumento médio de 20,2%, que começará a ser pago em julho.
Todos os postos das polícias militar e civil obtiveram correção, mas os maiores aumentos ficaram justamente para os primeiros degraus das carreiras, com o objetivo de aumentar a atratividade da profissão.