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O Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial preparam um pacote de medidas para assegurar a permanência de estudantes cotistas que ingressarem nas universidades públicas e nos institutos federais, conforme a Lei de Cotas Sociais (12.711/2012), que destina 50% das vagas para estudantes oriundos de escolas públicas. As informações são da Agência Brasil.

Os estudantes cotistas com dificuldades de permanecer na universidade (por necessidade de trabalhar, dificuldade de deslocamento ou falta de recursos para comprar livros e instrumentos para fazer o curso) poderão ser beneficiados com o pagamento de bolsas e auxílios especiais. Os valores ainda não foram estabelecidos.

Além disso, o governo quer que as comunidades acadêmicas das universidades e dos institutos (que terão quatro anos para implantar progressivamente o porcentual de reserva de vagas) estejam preparadas para receber os cotistas. De acordo com a lei, cada instituição deverá preencher as cotas com autodeclarados pretos, pardos e indígenas na mesma proporção populacional de cada estado.

Para o caso dos estudantes negros, uma ideia é criar centros de convivência negra (como o implantado na Universidade de Brasília, uma das primeiras a ter sistema de cotas no país). O cálculo do governo é que o número de alunos negros cotistas suba dos atuais 8,7 mil para 56 mil daqui a quatro anos. O crescimento terá grande efeito social, espera o governo. "Se é pela escolaridade que se abrem as portas do emprego, as desigualdades tendem a ser minoradas", pondera a coordenadora-geral para Educação de Relações Étnica-Raciais do MEC, Ilma Fátima de Jesus.

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