O governo do Paraná teve de remanejar R$ 15 milhões de outras pastas para a saúde, segundo o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (3) durante o balanço do primeiro semestre apresentado aos deputados na Assembleia Legislativa do Paraná. O problema, segundo o secretário, estava no orçamento deste ano, que destinou R$ 372 milhões para a área contra R$ 392 milhões em 2010.

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Além do remanejamento de verba, o setor de saúde também recebeu R$ 10 milhões da Assembleia. Segundo Caputo Neto, a pasta ficou com uma dívida de R$ 53 milhões da gestão passada e R$ 36 milhões já foram pagos. Havia ainda um déficit de R$ 1,5 milhão relativo às cirurgias eletivas. Outro problema é que há R$ 99 milhões de empenhos não processados que precisam ser liquidados.

Ao apresentar os resultados do primeiro semestre, o secretário afirmou que em sete meses de gestão já foram investidos R$ 53 milhões em medicamentos de alto custo, contra R$ 63 milhões nos doze meses de 2010. O número de transplantes realizados também foi 29% maior.

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Os desafios para a saúde no estado, além da falta de atendimento de média complexidade, incluem a reposição de servidores e informatização. Entre 2008 e 2010, 500 servidores se aposentaram. Neste ano já foram contratados 800 novos profissionais.

Outra meta é implantar um sistema informatizado para a central de leitos e Autorização de Internação Hospitalar (AIH), hoje processos feitos manualmente, o que dificulta o controle e fiscalização. Além de melhorar a gestão dos leitos do estado, isso ajudaria a reorganizar a porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS).

Outra promessa é implantar um programa em todo o estado semelhante ao que ocorre na capital com o Mãe Curitibana. O programa ajudaria a melhorar os índices de mortalidade materno-infantil entre os paranaenses.