Maringá O problema de superlotação nas cadeias da região de Maringá deve acabar em oito meses. O vice-governador Orlando Pessuti assinou ontem, na prefeitura da cidade, a ordem de serviço para o início das obras do Centro de Detenção Provisória, no regime fechado. Orçada em R$ 6,9 milhões, a obra terá 7 mil m2 de área construída, com prazo de 240 dias para ser concluída. A capacidade é para 900 presos, com celas para seis detentos. A contrapartida do município foi o terreno de 22 mil m2, na divisa entre Maringá e Paiçandu.
O minipresídio na delegacia da 9.ª Subdivisão de Polícia Civil de Maringá tem capacidade para 156 detentos, mas abriga 383. "A gente trabalha com um barril de pólvora nas costas", argumenta o delegado Paulo Machado, comemorando a construção do novo centro. Machado anuncia que o trabalho renderá resultados mais positivos e com maior rapidez com a transferência dos presos da cadeia para o Centro de Detenção.
A situação também é complicada nas cadeias de cidades vizinhas. Como Sarandi, cuja capacidade é para 40 presos e abriga uma média de 130. Nova Esperança poderia receber 16 e tem uma média de 50 e Jandaia do Sul, com capacidade para 14 e abriga uma média de 40. "As delegacias não foram construídas para suportar este número de presos", avalia o secretário estadual da Justiça e Cidadania, Aldo Parzianello. O secretário também comenta que o estado está investindo mais de R$ 90 milhões na estrutura de segurança em cidades como Londrina, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, São José dos Pinhais, Francisco Beltrão e Piraquara.
O diretor da empresa vencedora da licitação da construção, Hejos Engenharia, Osmar Nogami, afirma que o trabalho de terraplanagem e medição já está em andamento. Também participaram da solenidade ontem o secretário estadual de Obras Públicas, Luiz Caron, o vice-prefeito de Maringá, Roberto Pupim, os comandos das polícias maringaenses, vereadores, prefeitos de cidades da região e representantes de entidades.