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Contas estaduais

Governo volta atrás e decide manter aulas de contraturno até o fim deste ano

 | Bruno Covello/Arquivo Gazeta do Povo
(Foto: Bruno Covello/Arquivo Gazeta do Povo)

Suspensas na última sexta-feira (18), as aulas de contraturno da rede estadual de ensino deverão ser retomadas já nesta segunda-feira (21). A decisão é do governador Beto Richa e veio após uma reunião com o Chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni na noite de sábado (19). A avaliação do Palácio Iguaçu foi de que os R$ 4 milhões que seriam economizados c são insignificantes diante dos prejuízos que a suspensão das aulas neste ano causaria – tanto aos estudantes e professores, quanto à imagem do governo.

De acordo com Rossoni, os chefes dos núcleos regionais de ensino já foram comunicados sobre a determinação do governador para que o contraturno seja retomado. “Tudo permanece como antes. Vamos fazer esse esforço para não causar esse desconforto aos nossos jovens que estão estudando”, afirmou Rossoni, nas redes sociais.

Ainda não se sabe, porém, de onde sairão os recursos que seriam economizados com os cortes no contraturno. Nesta segunda-feira, haverá uma reunião com o Secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, para analisar o quadro e decidir qual outra área será atingida.

A decisão de cancelar as aulas foi comunicada na semana passada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) e ocorreu após um alerta da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Em ofício a todas as secretarias, a Sefa apontava que as despesas com quadro de funcionários relativas ao segundo quadrimestre de 2016 representavam 48,45% da receita corrente líquida do estado. Portanto, estava acima do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR) e cortes eram necessários.

A colaboração da Seed para reverter esse quadro das contas estaduais foi a suspensão das aulas de contraturno. Com a medida, cerca de 5,5 mil professores – entre temporários e do quadro próprio – seriam atingidos com redução de salários ou ficariam sem aulas. O número de alunos prejudicados não chegou a ser informado pela Secretaria de Educação.

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