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Os cirurgiões-dentistas que trabalham na rede municipal de Curitiba pressionam a prefeitura para que o salário deles volte a ser equiparado ao dos médicos. Neste mês entrou em vigor a lei que incorporou uma gratificação à remuneração do profissionais de medicina, o que aumentou a diferença de ganhos entre as duas profissões. Segundo representantes dos dentistas essa diferença é de 120%. A prefeitura, no entanto, afirma que o índice correto é 50%.

Na última terça-feira, entidades se reuniram com representantes do município e apresentaram a reclamação. A Secretaria Municipal de Recursos Huma­nos ficou de estudar o assunto e analisar se há possibilidade de melhorar o salário. Uma nova reunião foi marcada para o mês que vem. Os dentistas dizem que irão aguardar a resposta e que, por enquanto, não está prevista nenhuma paralisação dos serviços.

A diretora de assuntos jurídicos do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues, explica que antes da nova lei o salário de cirurgiões-dentistas e médicos era igual. "Não aceitamos a prefeitura privilegiar um profissional em detrimento do outro", diz. Irene afirma que hoje, durante a Conferência Municipal da Saúde, panfletos sobre a mobilização serão distribuídos aos participantes do evento.

O presidente do Conselho Regional de Odontologia do Paraná, Roberto Veiga Cavalli, diz que os profissionais estão desmotivados e se sentem discriminados e desvalorizados. "A lógica não é discutir quem ganha mais. Estamos preocupados com o fato de que a nossa profissão está sendo desvalorizada." Segundo ele, o ideal seria que os dentistas tivessem 100% de reajuste. No total, 642 cirurgiões-dentistas e 1.233 médicos atendem na rede municipal.

Motivos

Sete cargos do funcionalismo municipal receberam melhoria salarial com a nova legislação. No caso dos médicos, a gratificação foi incorporada ao salário devido à alta rotatividade de profissionais e ao fato de que o vencimento oferecido a eles estava defasado, explica a secretária municipal de Recursos Hu­­ma­nos, Maria do Carmo de Oliveira.

Ela afirma ainda que o vencimento dos cirurgiões-dentistas está compatível ao do mercado e que a demanda da categoria será analisada. No entanto, a secretária adianta que é preciso trabalhar dentro dos limites orçamentários existentes.

Segundo Maria do Carmo, os médicos recebem hoje 50% a mais que os dentistas. Mas a diferença irá aumentar, pois a gratificação aprovada aos médicos, de 100%, será incorporada de forma escalonada nos próximos três anos.

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