A delegada Caroline Bamberg Machado, responsável pela investigação do caso Bernardo Boldrini, assassinado aos 11 anos de idade, depôs durante toda a manhã e o início da tarde desta terça-feira (26) e afirmou, ao sair da audiência, que um vídeo gravado dentro da casa do menino será usado como prova no processo. O caso ocorreu em abril deste ano, no Rio Grande do Sul.

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Segundo ela, na gravação a madrasta ameaça matar Bernardo, e o garoto aparece "grogue" após tomar um medicamento. A data da gravação não foi informada.

O pai do garoto, Leandro Boldrini, a mulher dele, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público sob acusação de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

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Leandro nega participação no crime, e Graciele diz que a morte foi acidental, causada por um erro na dosagem de um calmante que deu ao enteado.

Já Edelvânia afirma que ajudou Graciele a ocultar o corpo do garoto após sofrer "pressão psicológica", e Evandro Wirganovicz, acusado de ter cavado a cova em que o corpo de Bernardo foi enterrado, nega participação no crime.

A delegada disse ainda aos jornalistas que o vídeo mostra Leandro se "omitindo totalmente" enquanto Graciele "agride verbalmente" o garoto.

"É um vídeo que demonstra como o Bernardo era tratado dentro de casa, o que já vinha [sendo dito] com os depoimentos das testemunhas. Era de forma bem imprópria. Não há ameaça do Leandro em si", disse ao sair da audiência nesta tarde.

O corpo de Bernardo Boldrini foi encontrado no dia 14 de abril dentro de um saco plástico em um matagal em Frederico Westphalen (a 364 km de Porto Alegre), cidade vizinha a Três Passos.

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