Nos próximos três anos, o prefeito Rafael Greca (PMN) precisará multiplicar exponencialmente o orçamento destinado à pavimentação se quiser cumprir a promessa feita na campanha. No período eleitoral, Greca afirmou que irá pavimentar 400 quilômetros de ruas em Curitiba. O custo por quilômetro de asfalto alternativo é de R$ 1 milhão. Já o definitivo custa quatro vezes mais. A gestão Gustavo Freut reservou R$ 22 milhões para essa área no orçamento de 2017 – o que seria suficiente para apenas 0,5% da meta de Greca. A gestão atual, entretanto, crê na recuperação da economia do país e na aprovação do pacote fiscal para cumprir o compromisso até 2020.
A promessa de Greca começou a sair do papel com a reinauguração, na última semana, da chamada Usina de Asfalto Norte, no Abranches. A previsão é de que o local produza 60 mil toneladas de asfalto neste ano, o suficiente para 40 quilômetros. A produção desse insumo com massa própria custa 30% menos do que o cobrado no mercado. Rolan
Antes disso, de acordo com a prefeitura, já foram concluídas neste primeiro trimestre as obras de implantação de pavimentação em trechos das ruas Cecília Cubas (Cajuru), doutor Petrônio Romero de Souza (Uberaba), Gertrudes Cruz de Andrade (Pinheirinho), Mariana Mathias Lenzi (Cajuru) e Pedro Trevisan (Uberaba). Daqui para frente, a prefeitura deverá priorizar vias estruturais por onde circulam linhas do transporte coletivo ou que possuam equipamentos da prefeitura, como escolas e unidades de saúde.
O município também tem a expectativa de que a recém inaugurada usina Norte atinja 45% da sua capacidade de produção ao longo dos próximos anos. Em 2017, a produção usará apenas 30% desse potencial.
Além disso, espera-se que a usina Sul também seja reativada. Ela está parada desde 2012. Nem todo asfalto de Curitiba virá da reativação das usinas próprias. Neste ano, por exemplo, além dos 40 quilômetros que serão viabilizados pela Usina Norte, mais de 32 quilômetros são prometidos com a entrega de novo pavimento das grandes obras. Se levado a cabo essa promessa de 72 quilômetros para 2017, faltariam então 328 quilômetros da promessa para os últimos três anos.
Dos últimos quatro prefeitos, nenhum entregou mais do que isso. Cassio Taniguchi, em sua segunda gestão (2001-2004) implantou 117,2 km de asfalto; Beto Richa (2005-2008) 103,5 km; Richa/Luciano Ducci (2009-2012) 324,5 km; e Gustavo Fruet entregou 280 quilômetros.
Com a palavra, a prefeitura
Segundo a prefeitura, a meta de 400 quilômetros é referente à pavimentação alternativa e definitiva – essa última será a prioridade da gestão. O município a considera “factível” se forem levados em consideração os quatro anos da gestão, a formalização de convênios e a manutenção da previsão orçamentária.
“Além disso, a expectativa da administração municipal é que a arrecadação aumente com a possível retomada da economia nacional e que a Prefeitura retome a capacidade de investimento com a aprovação do ajuste fiscal que está na Câmara Municipal para aprovação”, diz trecho da nota enviada pela gestão Rafael Greca.
Também entrarão no cálculo dos 400 quilômetros a implantação de novos pavimentos em obras de revitalização como as previstas para a avenida Manoel Ribas e rua Raul Pompeia, a construção das quatro alças de acesso à trincheira da Ceasa e a pavimentação e alargamento da marginal da BR-277, no Uberaba.
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