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“Greve branca” atrasa voos no feriado

Operação tartaruga da Gol tumultuou a vida de centenas de pessoas que tentaram embarcar ontem, em Guarulhos | Daniel Marenco/Folhapress
Operação tartaruga da Gol tumultuou a vida de centenas de pessoas que tentaram embarcar ontem, em Guarulhos (Foto: Daniel Marenco/Folhapress)

Uma operação-padrão conduzida pelos mecânicos de voo da Gol no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), tumultuou a saída do feriado em todo o país. De acordo com o Sindicato dos Aeroviários, a greve se estende a funcionários em terra, como os atendentes do check-in. Os atrasos ainda devem ser sentidos hoje. Até as 19 horas de ontem, a empresa tinha 44% dos voos atrasados e 2,3% cancelados em Cumbica. No Brasil, a porcentagem era de 37,8% de atrasos e 1,6% de cancelamentos, o que representa 304 voos fora do horário e 13 que não decolaram.

No Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, 93 dos 199 voos previstos estavam atrasados e sete foram cancelados até as 19 horas. A Empresa Bra­sileira de Infraestrutura Aero­portuária (Infraero) considerou que os índices eram normais para uma véspera de feriado, mas alertou que os efeitos de uma operação-padrão só começam a ser sentidos 12 horas depois do início – a paralisação começou ao meio-dia.

Procurada, a Gol não tinha conhecimento do assunto. A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Selma Balbino, confirmou o início da greve. O presidente do SNA do Rio Grande do Sul, Celso Klafke, afirma que está em curso uma "operação tartaruga", que vai acarretar atrasos principalmente nos aeroportos paulistas. "Essa greve é um reflexo dos problemas que vêm acontecendo há algum tempo e ainda não foram resolvidos. Existe uma insatisfação geral dos funcionários da Gol que não é de agora", diz.

Operação-padrão

Os funcionários se encontravam, desde agosto, em uma "greve branca", espécie de paralisação mais branda – no dia 2 daquele mês, um problema nas escalas da tripulação prejudicou 52% dos voos da companhia no país. Depois disso, foram realizadas três audiências no Ministério Público do Trabalho entre os trabalhadores e a direção da empresa para decidir sobre horas de voo, reajuste salarial, reordenação das escalas e acertos sobre benefícios – principais reivindicações dos funcionários.

Como nada foi acordado, decidiu-se pela operação-padrão no dia 28 de setembro.

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