A greve dos funcionários dos Correios vai continuar, mas pode ter perdido a força. Os 33 sindicatos que representam a categoria no país deveriam realizar ontem assembléias para decidir se aceitavam ou não a proposta do presidente do Tribunal Superior do Trabalhado (TST), ministro Vantuil Abdala. Ele propôs 8,5% de reajuste salarial retroativo ao dia 1.º de agosto e outro aumento de 3,61% em fevereiro de 2006.

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Até o início da noite, segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom), 13 entidades haviam rejeitado a possibilidade de acordo, mas outras oito tinham aceitado.

Doze sindicatos ainda precisavam definir posição. Mas como o comando de greve precisava da aceitação de 22 entidades para assinar o acordo, a paralisação vai continuar, pelo menos nos 11 estados que rejeitaram a proposta do TST. Até ontem, havia funcionários de braços cruzados em todo os estados e, dos 33 sindicatos, apenas dois não participavam da greve.

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Em Curitiba, a assembléia que definiu pela rejeição da proposta do TST, contou com cerca de mil trabalhadores. A decisão foi unânime. Em outras sete cidades do Paraná, os funcionários também se reuniram e optaram por continuar parados.

Ainda ontem, os grevistas saíram em mais uma passeata pelo Centro de Curitiba. Os trabalhadores querem reajuste de 47,17%. Com a rejeição, o tribunal deve marcar a data do julgamento e indicar o ministro relator da ação de dissídio coletivo ajuizada pela direção dos Correios.