As negociações sobre o fim da greve de policiais militares do Ceará estão na fase final, mas ainda há pontos a serem acertados entre os grevistas e o governo. De acordo com o capitão Wagner Sousa, deputado estadual que representa a categoria nas negociações, o governo aceitou incorporar ao salário de todos os militares do estado a quantia de R$ 859 já paga aos que atuam no turno da madrugada, mas os grevistas ainda reivindicam aumento de 50% dividido entre 2013 e 2014.
De acordo com Sousa, o governo aceitou a incorporação de R$ 859 na folha de pagamento dos militares desde que sejam trabalhadas 40 horas por semana, mas os líderes grevistas querem uma indicação mais clara sobre a redução de turno para toda a categoria, que hoje é de 44 horas. "Há policiais no interior que trabalham até 96 horas por semana", relatou o deputado.
Sousa também disse que o governo aceitou anistiar a todos os militares que participaram da paralisação, inclusive com o retorno daqueles que foram transferido por insubordinação. No entanto, o movimento grevista ainda pede o fim do código disciplinar da categoria e a elaboração de um código de ética. "O código disciplinar prevê prisão dos militares, e achamos que é preciso dar um tratamento mais humanitário ao efetivo".
Outra demanda da categoria ainda não atendida é a criação de regras para as promoções. De acordo com o deputado, as lideranças sindicais estão se dirigindo ao Palácio da Abolição neste momento para negociar os termos finais de um possível acordo.
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