A greve de motoristas e cobradores de ônibus de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, continuará na noite desta terça-feira (9) e pode se estender para a próxima quarta-feira (10). Tudo dependerá da compensação de um depósito realizado pela Tindiquera na conta dos trabalhadores. A paralisação teve início na madrugada de hoje por conta do atraso no pagamento da folha salarial de novembro.
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), a empresa Tindiquera conseguiu um empréstimo bancário e foi informada pela instituição financeira que, até às 4 horas da manhã da próxima quarta, o dinheiro poderá estar na conta dos trabalhadores.
O Sindimoc, por sua vez, informou que a greve continuará até que os trabalhadores consigam sacar seus salários. A estimativa do sindicato entidade que representa os motoristas e cobradores de ônibus é de que mais de 300 funcionários tenham sido afetados pelo atraso. O pagamento de novembro estava agendado para ocorrer no dia 28 de novembro.
A paralisação atinge todas as 75 linhas da empresa Viação Tindiquera, que opera o transporte urbano da cidade. O transporte intermunicipal, incluindo a Rede Integrada de Transporte (RIT) - que engloba Curitiba -, não foi afetado. A reportagem procurou a Prefeitura de Araucária para saber quantas pessoas foram afetadas pela paralisação, mas não conseguiu contato nos telefones da assessoria de imprensa do município.
O atraso, segundo a Tindiquera, ocorreu devido à falta de repasse dos valores devidos pela Companhia Municipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC). O presidente da instituição, Sandro José Martins, admitiu atraso de 20 dias no repasse de R$ 3 milhões à empresa. O dirigente alega que as condições financeiras da prefeitura não estão boas e que isso gerou o imbróglio. Ele, no entanto, diz que o depósito será realizado até a próxima sexta-feira (12).
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