Reajuste
As discussões entre empregador e empregados tiveram início em julho, quando a categoria entregou à direção nacional dos Correios a pauta de reivindicações. A data-base da categoria é estabelecida em 1º de agosto.
Greve pelo país
Dos 34 sindicatos da categoria no país, 28 entraram em greve até a noite de quarta-feira. Entre os 26 estados brasileiros, apenas quatro ainda não deram início à paralisação. São eles Minas Gerais, Espírito Santo, Sergipe e Mato Grosso do Sul. Em todo o Brasil, são movimentados diariamente quase 35 milhões de objetos.
Os serviços de entrega de correspondências vão sofrer atrasos a partir desta quinta-feira (13) em todo o Paraná, com o início da greve dos funcionários da área operacional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A categoria reinvidica reajuste salarial e decidiu pela greve em assembléias realizadas em oito cidades paranaenses (Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Cascavel, Maringá, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Pato Branco) na noite de quarta-feira (12).
O tráfego diário de correspondências no Paraná é, em média, de 1,2 milhão de cartas simples. Também são entregues por dia cerca de 60 mil cartas registradas e 30 mil encomendas por Sedex no estado. "O serviço vai ficar comprometido porque ficam de braços cruzados os carteiros, operadores de triagem e atendentes comerciais. Apenas cerca de 20% da entrega deve ser feita por dia", avalia o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos.
Após a aprovação da paralisação por tempo indeterminado, os cerca de 600 trabalhadores que compareceram à assembléia em Curitiba saíram em passeata pelas principais ruas do Centro. O movimento terminou por volta das 21 horas, em frente à sede estadual dos Correios, na esquina das ruas João Negrão e Avenida Iguaçu, onde os trabalhadores permanecem acampados.
Segundo Santos, a categoria permanecerá acampada na sede estadual da empresa, com carros de som. A expectativa é de que ocorra a adesão de pelo menos 80% dos 6 mil funcionários espalhados pelo estado. "Muitos estão na João Negrão, mas muitos outros estão em frente às unidades dos Correios em várias partes da cidade", relata o secretário-geral do Sintcom-PR.
Estes trabalhadores recebem um salário inicial de R$ 524,00. Para quem está a uma média de 13 anos na empresa, recebe R$ 700,00. Segundo o sindicato, a categoria reivindica R$ 200,00 de aumento real linear, além da reposição das perdas salariais que, acumuladas desde 1994, totalizam 47,77%.
De acordo com o Sintcom-PR, na terça-feira (11) a direção dos Correios apresentou uma contraproposta aos funcionários, que foi considerada "inaceitável", oferecendo um reajuste de 3,74%, R$ 50,00 de aumento real a partir de janeiro de 2008 e um abono de R$ 400,00 parcelado em duas vezes. A direção da empresa também estaria querendo tirar alguns direitos conquistados, como o auxílio-creche para crianças de seis anos e a assistência médica para pais e mães.
"Foram dois meses de negociações com a direção da empresa sem sucesso. Só nos restou optar pela paralisação das atividades", disse Santos. A categoria quer que os ministros das Comunicações e do Planejamento voltem a negociar a pauta dos trabalhadores com o comando nacional. "Esperamos sensibilizar o governo para a situação vivida pelos trabalhadores dos Correios", conclui.
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