A paralisação dos serviços dos funcionários do Centro Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo, ligados ao Hospital Universitário Evangélico, na capital, já causou reflexo no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. A informação foi repassada pela assessoria de imprensa do hospital metropolitano, que afirma que, em 24 horas, o movimento no local já aumentou 30%.
De acordo com o supervisor de enfermagem do Angelina Caron, Homero Benites, a emergência do hospital, que recebe em média 200 pacientes por dia, pode atender nesta quarta-feira até 80 casos a mais se o fluxo permanecer o mesmo. Casos clínicos em que o paciente procura a instituição para realizar consultas de casos menos graves (eletivas) estão sendo reagendados.
"Muitos pacientes estão chegando à emergência, porque o Evangélico não atende, então eles vêm para cá. De manhã, atendemos 50 pessoas a mais do que o normal", disse o supervisor.
Para a quinta-feira (24), de acordo com Benites, se os atendimentos continuarem fora do normal, mais funcionários serão mobilizados para dar conta de todos os casos. No entanto, se o número de pacientes aumentar mais de 50%, o hospital terá ainda mais dificuldades de atender novos casos de urgência e emergência encaminhados pelo Samu e pelo Siate. "Se aumentar muito, mesmo fazendo a triagem, pode ser que não consigamos atender. Além dos 50% do nosso movimento normal, vamos ter começar a recusar casos", afirmou Benites.
Atendimento é normal em outros hospitais
Apesar do fluxo maior de pacientes no Angelina Caron, o Hospital Cajuru e o Hospital do Trabalhador, que, junto com o Evangélico formam a rede de estabelecimentos que atendem emergências na capital pelo SUS, não tiveram problemas nos atendimentos até agora.
A assessoria de imprensa do Cajuru disse que os atendimentos estão normais no hospital, mesma informação repassada pela Secretaria Estado da Saúde, responsável pelo Hospital do Trabalhador.
Greve no Hospital Evangélico
Os funcionários do Centro Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo, ambos ligados ao Hospital Universitário Evangélico, em Curitiba, resolveram paralisar os serviços novamente por falta de pagamento.
Durante a tarde de terça-feira, cerca de 70 servidores dessas unidades fizeram um protesto em frente ao prédio do Evangélico, no bairro Bigorrilho, de Curitiba. Eles permaneceram no local por mais de duas, como forma de pressionar a liberação dos pagamentos atrasados.
Até as 12h45 desta quarta, os funcionários em greve permaneciam reunidos com o secretário municipal de saúde, Adriano Massuda, e com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc) para discutir os vencimentos atrasados. A reunião teve início por volta das 10h30.