- Carteiros fecham a maior agência dos Correios em Curitiba
- Funcionários dos Correios decidem manter greve
- Grevistas dos Correios fazem passeata pelo centro da capital
- Funcionários dos Correios prometem fazer duas manifestações nesta sexta-feira
- Greve deve prejudicar 80% dos serviços de entrega dos Correios
- Funcionários dos Correios decidem entrar em greve
O reajuste dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) pode ser decidido na Justiça. Na tarde desta segunda-feira (17), a empresa fez a última proposta nacional de negociação, que esta sendo analisada nesta terça-feira (18) pelos grevistas. Com isso, a paralisação continua em todo o Paraná.
"Houve uma reunião nacional das 13h às 16h desta segunda-feira, com a direção dos Correios, mas continua a mesma proposta. Vamos manter a greve. Hoje (segunda-feira) mais duas cidades aderiram à greve, Ivaiporã (região Central) e Arapongas (Norte)", afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos.
De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios no Paraná, os grevistas teriam até o meio-dia desta terça-feira para aceitar a última proposta da empresa (que é 3,74% de reajuste, R$ 50 de aumento real a partir de janeiro de 2008 e um abono de R$ 400) e voltar ao trabalho ou a decisão irá para dissídio coletivo. Neste caso, quem irá definir quanto de aumento os funcionários dos Correios terão é o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
Segundo o Sintcom-PR, a última proposta dos Correios será avaliada em todo o país na manhã de terça-feira (18). Em Curitiba, a assembléia seria realizada pela manhã, em frente à sede dos Correios no Paraná, que fica na esquina da Rua João Negrão com a Avenida Iguaçu. Num sistema de revezamento, os trabalhadores permanecem acampados no local durante 24 horas por dia. Ainda não há informações sobre o que foi decidido. Outras assembléias acontecem pelo Paraná.
A greve nos Correios do Paraná teve início na noite de quarta-feira (12), seguindo a paralisação nacional. De acordo com o Sintcom-PR, cerca de 80% dos funcionários da empresa estão parados no Paraná. Por outro lado, a assessoria de comunicação dos Correios no estado afirma que em torno de 45% do atendimento foi afetado na distribuição e 20% na triagem.
"Vamos continuar concentrados na sede da empresa em Curitiba, na (Rua) João Negrão. Possivelmente vamos fazer novas passeatas durante a semana, mas isso ainda vai ser definido", definiu o secretário-geral do Sintcom-PR.
Protesto
Na manhã desta segunda-feira (17), os grevistas fecharam a Agência Marechal Deodoro, a maior de Curitiba. Os funcionários também ficaram concentrados na sede da Rua João Negrão e na XV de Novembro.
Interior
Na cidade de Foz do Iguaçu, no Oeste, o centro de Distribuição Domiciliar dos Correios já acumula mais de 100 mil correspondências desde o primeiro dia de paralisação. Das cerca de 30 mil encomendas recebidas diariamente na fronteira, oito funcionários estão liberando apenas malotes, alguns sedex e medicamentos, em torno de 30% de atendimento normal. Com a paralisação geral, na região, outros sete municípios estão sendo diretamente afetados.
Na região dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, a gerência dos Correios estima que 33% do efetivo esteja paralisado. Em Umuarama, Noroeste, a situação é a mesma. A maior parte das faturas de telefone e energia elétrica, que são enviadas pelas centrais de Curitiba, nem está saindo de Curitiba.
Em Paranaguá, no litoral do estado, a entrega de encomendas urgentes, malotes e de correspondências registradas está sendo realizada no balcão da agência central dos Correios na cidade.