Grupo de educadores se acorrenta em protesto contra o prefeito Gustavo Fruet| Foto: Thiago Olmedo

Sem negociação com a Prefeitura de Curitiba, os educadores das creches da capital, conhecidas como Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), mantêm a greve. Nesta sexta (21) o movimento chegou ao quarto dia de paralisação.

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A diretora-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Ana Paula Cozzolino, afirmou que neste sábado (22) a categoria se reunirá novamente para discutir os rumos da mobilização, às 15 horas, em frente à prefeitura. Até lá, ela declara que ao menos 15 educadores permanecerão acampados no local. Na sexta à noite, alguns servidores se acorrentaram em protesto na frente do Palácio 29 de Março, sede do Executivo municipal. Em uma faixa, o grupo pedia: "Negocia prefeito Gustavo Fruet".

A diretora contou que os trabalhadores aguardaram nesta sexta a presença do prefeito Gustavo Fruet em uma reunião para discutir a pauta dos educadores. Entretanto, ela declarou que depois de quatro horas de espera, o prefeito não compareceu às negociações, que foram canceladas. "Essa é uma falta de respeito com os profissionais da educação e com a população que precisa desse serviço público", disse a dirigente.

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Conforme Ana Paula, apenas representantes da Educação e dos Recursos Humanos foram ao encontro, mas não apresentaram uma proposta aos educadores.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da prefeitura, mas ninguém foi encontrado até as 20 horas.

Pauta

A principal reivindicação dos educadores é a redução da jornada de trabalho de 40 horas para 30 horas, o que segundo o sindicato irá diminuir as diferenças entre a carreira e os professores municipais.

No quarto dia de paralisação, ao menos 10 estabelecimentos ficaram fechados na manhã desta sexta-feira, conforme levantamento da prefeitura. O Município informou que ao todo 189 Cmeis funcionaram normalmente.

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Das 25 mil crianças matriculadas, 17,6 mil faltaram as aulas desta sexta. A prefeitura afirmou ainda que 2.016 educadores não foram ao trabalho para aderir à greve. Ao todo, há 4 mil educadores infantis no município. Por outro lado, em entrevista na manhã desta sexta, o sindicato informou que a greve afetou 90% das creches de Curitiba.