A greve dos peritos do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) continua prejudicando os trabalhadores que precisam receber o auxílio-doença. Pessoas que têm problemas de saúde ou sofreram acidente e precisam de uma avaliação médica para receber o benefício estão passando por uma situação constrangedora todos os dias. Ao chegar ao local na data marcada para perícia e enfrentar longas filas de espera, elas descobrem que não serão atendidas em função da greve. As perícias canceladas nesta terça-feira (3) foram remarcadas para novembro.
Sem condições de trabalho e sem receber o benefício, muitas pessoas não encontram alternativas para suprir as necessidades básicas. É o caso do auxiliar de produção Ademir Fernandes que, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV, confessou ter vendido o carro para poder sustentar a filha e a família.
Caso semelhante vive Sebastião Manoel que descobriu nesta terça-feira que terá que viver mais três meses sem o benefício, mas com contas para pagar. Já a doméstica Sirlene Pedroso está há dois anos e meio sem receber o benefício após ver todas as perícias anteriores negadas. Segundo Sirlene, o médico alega que ela tem condições de trabalhar.
Em uma carta escrita à população, os médicos peritos explicam que estão reivindicando melhores condições de trabalho e adequação da jornada de trabalho para seis horas diárias. Na carta, eles dizem que "não esmorecerão antes de ver concretizadas todas as suas as suas aspirações".