A greve dos professores da UFPR foi encerrada nesta sexta-feira (11). Os docentes estiveram em assembleia no fim da tarde e optaram por suspender a paralisação. Foram 374 votos pelo fim da greve, 171 pela continuação do movimento e 15 abstenções. A informação foi confirmada pela presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr), Maria Suely Soares. Apesar disso, a ocupação da reitoria por estudantes e a greve dos servidores continua.
Com um mês de paralisação, o movimento era um dos braços pelo qual o funcionalismo público nacional pedia reajustes salariais acima da inflação ao governo federal. Assim como outras categorias federais, os professores da UFPR, ligados à Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes), pediam 27,3% de reajuste salarial. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão oferece 10,8% de reposição, dividida em dois anos (2016 e 2017). Mesmo com o fim da paralisação na UFPR, outras universidades continuam em greve pelo país.
Desde a primeira assembleia realizada em agosto, a greve foi aprovada com pequena margem de votos. Foram 171 a favor e 129 contrários à paralisação. Antes do feriado de Sete de Setembro, por diferença de um voto, a greve foi mantida. O movimento foi deflagrado, além da questão salarial, pelos cortes orçamentários feitos pela União e que atingiram a universidade.
Ainda na UFPR, os servidores técnico-administrativos permanecem de braços cruzados e os alunos da instituição mantêm a ocupação no prédio da reitoria. Os estudantes prometem realizar uma assembleia na segunda-feira (14) para definir os rumos da ocupação.
Avaliação
Para a presidente da Apufpr, Maria Suely Soares, a greve foi positiva, pois integra um movimento nacional tanto pelo fim dos cortes na educação pública quanto pelo reajuste salarial dos docentes e demais servidores públicos. “Nós (UFPR) saímos da greve mas outras 39 universidades continuam. A greve tem feito uma pressão grande no governo”, avalia. Para a docente, a greve foi mais forte no interior, pois os cortes orçamentários da União têm afetado mais esses campi. “Na votação de hoje, o (campus) Litoral e (o campus) Jandaia do Sul votaram por unanimidade pela continuidade da greve”, diz.
Retomada das aulas
Após a assembleia, os professores definiram que as aulas serão retomadas em Curitiba na próxima quarta-feira (16). Os campi do interior do Paraná retomarão as atividades no dia 21 de setembro. “Nós pedimos ao o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) que reveja o calendário e refaça a reposição das aulas”, diz a presidente da Apufpr.
Segundo a assessoria de imprensa da UFPR, não há definição de como as aulas serão retomadas ou se haverá necessidade de reposição. Na avaliação da universidade, nem todos os professores estavam parados. Com isso, o calendário acadêmico não foi suspenso. Na próxima semana, o Cepe da UFPR deve realizar uma reunião para definir como será a retomada das aulas.
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