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Infográfico | Reprodução G1
Infográfico| Foto: Reprodução G1

Os funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entram nesta terça-feira (29) no segundo dia de greve, assim como servidores de mais 15 universidades brasileiras. O sindicato que representa a categoria garante que o processo de mobilização será gradual, até que a paralisação seja total. Nesta terça, os funcionários do Restaurante Universitário (RU) aderem ao movimento. O RU serve pelo menos seis mil refeições por dia aos estudantes.

As unidades críticas do Hospital de Clínicas (HC), como Unidade de Terapia Intensiva, por exemplo, são as mais afetadas com a paralisação. No primeiro dia de greve, 16 cirurgias que aconteceriam pela manhã foram canceladas por falta de técnicos de instrumentação.

De acordo com a diretora de assistência do HC, Mariângela Pedroso, das 11 salas do centro cirúrgico, quatro estão sendo utilizadas. "Fazemos de 35 a 40 cirurgias diariamente, hoje teremos apenas 14", relatou, em entrevista à Rádio CBN. A diretora contou que os pacientes estão recebendo alta e as operações sendo adiadas. "Eles terão uma espera de pelos menos oito meses de novo", disse.

Apesar da diminuição de funcionários, o HC garante que o atendimento de emergência está mantido e não acredita que a assistência à população será interrompida.

Reivindicações

As principais reivindicações são relacionadas a medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Um dos artigos inibe o aumento de salários, o que prejudicaria o Plano de Cargos e Salários. De acordo com o programa, durante dez anos o gasto com a folha de pagamento do serviço público só poderá aumentar 1,5% ao ano, além da reposição da inflação. "Acreditamos que isso significa um congelamento dos salários da categoria até 2016", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest/PR), José Carlos Assunção Belotto.

A categoria também protesta contra o projeto que pretende desvincular os hospitais universitários (HUs), como o Hospital de Clínicas da UFPR, das universidades federais. Os HUs passariam a ser geridos por uma fundação estatal. "É praticamente uma privatização. O hospital passará a ter que fazer convênios para se manter e deixar de ser totalmente gratuito. Teremos que ter uma portaria para atendimento pelo SUS e outra para quem tem plano de saúde", protestou Belotto.

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