Motoristas e cobradores de Cascavel, no Oeste do Paraná, retomaram a greve do transporte coletivo nesta sexta-feira (16) e apenas 55% da frota dos veículos está circulando. O Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Cascavel) decidiu respeitar uma liminar da Justiça que determina a circulação mínima do percentual em horários normais e 75% nos horários de pico.
O Consórcio Vale Sim, que reúne as empresas Viação Capital do Oeste e Pioneira, que exploram o serviço em Cascavel, contrataram escolta armada para cuidar dos três terminais de transbordo e de suas garagens. Segundo elas a medida é para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários. A assessoria de imprensa das empresas disse ter recebido informações concretas de que haveria atos de vandalismo e, por isso, decidiu reforçar a segurança.
As empresas afirmam que tomarão medidas judiciais contra o sindicato e não descartam a demissão de motoristas e cobradores que na quinta-feira (15) permitiram que a população usasse o transporte coletivo gratuitamente na quinta-feira (15). O protesto denominado de "catraca livre" teve como objetivo forçar uma nova proposta salarial por parte das empresas que oferecem reajuste de 7,33%. O Sinttracovel diz que não negocia por menos de 12%.
Desde quinta, a Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) está cadastrando vans e micro-ônibus particulares para transporte alternativo enquanto durar a greve. Os proprietários dos veículos não poderão cobrar tarifa superior a R$ 5. O preço atual da tarifa do transporte coletivo em Cascavel é de R$ 2,60.
Em nota, o Sinttracovel disse que evitou ao máximo a deflagração da greve, mas que não teve alternativa diante da falta de diálogo com as empresas.
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