A Urbanização de Curitiba (Urbs) pediu à Justiça que o Sindicado de Motoristas e Cobradores (Sindimoc) seja obrigado a manter uma frota mínima de, pelo menos, 80% dos ônibus operando dentro do horário de pico e de 60% nos demais horários durante a paralisação do transporte público agendada para a próxima quarta-feira (15).
Os motoristas e cobradores vão se juntar à greve geral que ocorre em todo o país contra as reformas trabalhista e da Previdência. Em assembleia realizada no último dia 9, a categoria decidiu, de forma unânime, se unir ao protesto e, em razão disso, a expectativa do Sindimoc é de que a adesão também seja alta. Ao todo, são mais de 12 mil trabalhadores responsáveis pelo transporte coletivo.
Procurado, o Sindimoc informou na tarde desta segunda-feira (13) que não tem conhecimento sobre a ação da Urbs e que não iria se manifestar.
O Setransp, sindicato responsável pelas empresas de ônibus, informou que vai apenas acompanhar a paralisação do próximo dia 15 e pede a compreensão da categoria por se tratar de um serviço básico para o município.
Se a parada for total, cerca de 1,5 milhão de usuários do transporte serão afetados.
Nova greve
O dia 15 de março não deve ser o único dia no qual os motoristas e cobradores devem cruzar os braços. Embora a paralisação contra as propostas apresentadas pelo governo federal dure apenas um dia, a categoria já deixou claro que uma nova greve ainda maior pode estar a caminho.
A razão é a falta de acordo entre funcionários e empresas sobre o reajuste salarial. De acordo com o Setransp, não há como apresentar um valor maior do que o 5,43% referentes à inflação dos últimos 12 meses e que, portanto, não haverá apresentação de nova proposta. Os motoristas pedem 15%.