A chance de a greve dos servidores estaduais da saúde acabar na próxima quarta-feira (2) foi posta em dúvida. O sindicato da categoria, Sindsaúde-PR, aguardava uma reunião de negociação com a Secretaria de Saúde (Sesa) nesta data. Mas, segundo a Sesa, a condição para que ocorresse o encontro seria o fim da paralisação da categoria. Na última quarta-feira (26) os servidores decidiram manter a greve, o que poderia significar descumprimento do acordo.
A decisão se haverá ou não a reunião será definida apenas nos próximos dias. A promessa da secretaria era de fazer uma apresentação sobre o projeto de lei que estabelece o Quadro Próprio dos servidores da Saúde. O sindicato alega que até o momento não pode consultar a proposta. A promessa do governo era de enviar o texto para análise da Assembleia Legislativa do Paraná até o fim de março.
"Vamos fazer um novo ato no dia da reunião (2) e até lá continuaremos em greve. Havia a intenção de que com as promessas do governo nós voltássemos ao trabalho, mas decidimos em assembleia continuar", diz Heloísa Helena de Souza, diretora do Sindsaúde.
Na manhã desta sexta-feira (28), alguns servidores fizeram um ato em frente ao hotel onde estava acontecendo uma reunião extraordinária do Conselho Estadual de Saúde. "Pressionamos para que realmente haja novo concurso público", afirma a diretora. O governo propôs, esta semana, realizar concurso ainda neste semestre para contratar até 2 mil profissionais da saúde. O sindicato afirma querer provas de que isso realmente vá acontecer.
A paralisação já dura 10 dias. Segundo a Secretaria, menos de 300 servidores deixaram de trabalhar nesta em todo o Paraná. O sindicato, ao contrário, diz que a adesão é grande, especialmente em unidades de Londrina, Ponta Grossa e Paranaguá.
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