A greve na Universidade Estadual de Londrina (UEL) não frustra somente os alunos. De imediato, é a população que sente com mais rapidez a ausência dos serviços prestados nos programas de extensão à comunidade. Só em Londrina e região são 220 projetos, com atendimento diário a cerca de 300 mil pessoas, segundo a Pró-Reitoria de Extensão (ProEx)da UEL.
O programa Patronato, que dá assistência multiprofissional e institucional a egressos do sistema prisional, está minguando sem a verba de custeio. O pagamento de 21 bolsas para estudantes e professores atuantes no projeto não tem sido efetuado.
Outro exemplo é o Cursinho da UEL, que atende 450 alunos de Londrina e região e está parado sem dinheiro.
O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), que atende milhares de professores da rede estadual, também parou porque os servidores da UEL estão sem receber bolsas. O PDE é uma política pública do Estado regulamentada por lei e que proporciona o aperfeiçoamento dos educadores e a progressão em suas carreiras.
Os hospitais da Universidade só mantêm os serviços considerados essenciais. No Hospital Veterinário, a população fica sem as alternativas mais baratas dos projetos de extensão. “Os projetos de castração, doação de sangue, atendimento a grandes animais e outros, estão parados porque não têm dinheiro para reposição de medicamentos e outros materiais”, disse Carmem Hilst, uma das responsáveis pelo projeto de controle de natalidade de cães e gatos.
Segundo o diretor de Planejamento da ProEx, Gilberto Hildebrando, os problemas se acumulam desde o fim do ano passado passado. As verbas de custeio não chegam e nenhuma outra despesa é liberada pelo governo estadual para cobrir despesas com os projetos de extensão.
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