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O fim da greve nacional dos Correios deve ser definido na quinta-feira (20). Na manhã desta quarta-feira (19) o comando nacional de greve e a direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) tiveram uma audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. "O Tribunal deu a seguinte decisão: voltem para negociar e amanhã (quinta-feira) tragam a resposta", afirmou consultor da presidência dos Correios em Brasília, Fausto Weiler.

Na tarde desta quarta-feira, após a reunião no TST os Correios fizeram uma nova proposta para os grevistas, agora a empresa oferece R$ 500 de abono salarial e R$ 60 de aumento real a partir de janeiro de 2008, além dos 3,74% de reajuste salarial. Anteriormente, os Correios ofereciam R$ 400 de abono e R$ 50 de aumento real a partir de janeiro e mais R$ 10 a partir de abril.

"Estamos otimistas com a nova negociação. A categoria sabe que não vai sair mais disso", afirmou Weiler. Depois da nova proposta dos Correios, o comando nacional de greve começou a realizar assembléias para definir a posição da categoria. "A audiência no TST será amanhã (quinta-feira) às 14 horas, se não houver conciliação entre as partes o Tribunal vai decidir o reajuste em dissídio coletivo", definiu Weiler.

No Paraná, os grevistas esperam uma resposta do comando nacional de greve para definir se a paralisação vai continuar no estado. "Vamos esperar a definição nacional para realizarmos uma assembléia e definir se a greve continua ou não. Se recebermos logo a proposta do comando nacional vamos realizar uma assembléia às 10 horas, caso o contrário a reunião será realizada às 12 horas", definiu o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos.

Segundo o Sintcom-PR, a greve atinge 90% dos trabalhadores dos Correios no Paraná. Nesta quarta-feira (19) os funcionários continuaram de braços cruzados. De acordo com Santos, a nova proposta dos Correios continua abaixo do esperado. "Essa proposta não alterou em nada, é uma proposta ridícula", definiu.

Os grevistas reivindicam R$ 200 de aumento real linear, além da reposição das perdas salariais. Conforme cálculos do Dieese, as perdas, acumuladas desde 1994, totalizam 47,77%.

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