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Os funcionários da Infraero iniciaram na madrugada desta quinta-feira (20) uma paralisação de 48 horas em três aeroportos do país. A greve, que acontece em Guarulhos e Campinas, em São Paulo, e no Distrito Federal, é contra a privatização dos terminais, planos do governo federal.

Apesar da paralisação, os passageiros ainda não encontram dificuldades para embarcar. De acordo com a Infraero, funcionários de companhias aéreas e outras empresas que trabalham nos terminais não aderiram ao protesto.

Prejuízo

Ainda de acordo com a Infraero, a greve prejudica o embarque e desembarque de cargas, mas o plano de contingência montado pela empresa está evitando transtornos para os passageiros.

A orientação é de que antes das viagens, os passageiros entrem em contato com a Infraero para confirmar os voos. Na quarta-feira (19), a Advocacia-Geral da União ajuizou uma ação civil pública na Justiça do Trabalho do Distrito Federal a fim de manter pelo menos 90% da força de trabalho durante a paralisação dos aeroportuários de Guarulhos, Viracopos (Campinas) e Brasília, prevista para esta quinta e sexta-feira (21).

A AGU está atuando em nome da Infraero, estatal que administra os principais aeroportos do país. O objetivo, segundo a AGU, é evitar que a greve de cerca de 3 mil funcionários prejudique as operações dos aeroportos.

Interesse público

Segundo a AGU, é preciso levar em conta o interesse público, cabendo a União garantir e regular o serviço público de transporte aéreo. "Há indícios sérios de que estarão indisponíveis os serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da sociedade", alegou AGU na ação.

Também é destacado que "a paralisação do transporte público aéreo representa um dano incomensurável à população brasileira, devendo haver atuação adequada visando evitar abusos". O motivo da paralisação é protestar contra o modelo de concessão determinado pelo governo federal para os três aeroportos. A paralisação preocupa o governo, que teme atrasos e cancelamentos de voos em todo o país.

Na ação, que foi ajuizada contra o Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos, a AGU também pede a aplicação de uma multa em caso de não cumprimento do percentual mínimo da força de trabalho. A AGU solicita ainda que o Ministério Público do Trabalho seja intimado para atuar como fiscal da lei. A ação será julgada pela juíza Patrícia Birchal da 11.ª Vara do Trabalho.

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