A greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) terminou no Hospital de Clínicas, nesta sexta-feira (22). A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da UFPR e confirmada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba, RMC e Litoral (Sinditest) José Carlos Belotto.
De acordo com Belotto a greve será intensificada em outros setores da UFPR. "O movimento não vai perder força. Se os funcionários do HC perderam o direito de greve, nas outras áreas da UFPR vamos intensificar a paralisação. Vamos continuar o movimento no Restaurante Universitário (RU)", afirmou Belotto, em entrevista à Rádio CBN.
Na manhã desta sexta, os servidores realizaram um protesto contra a decisão da Justiça que obriga os funcionários do HC a voltar ao trabalho. A manifestação dos servidores foi em frente ao hospital, por volta das 9h. O protesto foi chamado "Ato da Mordaça". Os manifestantes usaram uma mordaça preta na boca, para protestar contra a decisão judicial.
Os servidores discutem, na próxima segunda-feira (25), o cancelamento do Festival de Inverno da UFPR, que é realizado em Antonina, Litoral paranaense, no mês de julho. Eles também ameaçam não realizar as matrículas dos alunos para o próximo semestre. O reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior, não acredita que alguma das duas ações vai acontecer.
A greve dos funcionários da UFPR foi iniciada em 28 de maio.
Hospital de Clínicas
Nesta sexta-feira (22), apenas três servidores não compareceram ao trabalho, segundo a assessoria de imprensa da UFPR. Na quinta-feira (21), o pronto-atendimento de emergência e as unidades de terapia intensiva e semi-intensiva do HC trabalharam com 100% dos funcionários. No entanto, 12 servidores faltaram no centro cirúrgico.
O reitor autorizou na tarde de quinta a constituição de uma comissão formada por médicos e enfermeiros do HC que será responsável por administrar e julgar os processos administrativos abertos contra os funcionários das áreas de urgência e emergência que continuam em greve.