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Apesar da greve deflagrada nesta quarta-feira (14) pelos funcionários dos Correios em todo o Brasil, as agências paranaenses operam normalmente. De acordo com a assessoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em Curitiba quase todas as agências estão abertas e prestando serviços à população. Algumas poucas, entre elas a agência central - localizada no bairro Rebouças – estão com as portas fechadas devido a manifestações.

Alguns serviços mais urgentes são os únicos atingidos até agora. Por motivos de precaução a empresa não está aceitando encomendas feitas por alguns tipos de Sedex, como o "Hoje" e o "10". Ademais, todos os produtos estão disponíveis.

O diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom/PR), Sebastião Rodrigues da Cruz, afirma que entre 70% a 80% dos funcionários estão em greve. Cruz acredita que os principais serviços de triagem e de distribuição já estão sendo afetados com a paralisação. A ECT nega os números. Segundo a empresa, o sindicato estaria forçando uma greve que não tem apoio.

Para a advogada do Procon-PR, Marta Favreto Paim, a greve é um direito constitucional. Por isso, caso haja atraso no recebimento de correspondências e pagamentos, o cidadão deverá procurar diretamente as empresas para quitar suas dívidas. "A empresa poderá cobrar juros caso haja atraso no pagamento. O consumidor é quem deve procurar os fornecedores para a quitação. O mais importante é haver a comunicação entre as duas partes" recomenda a advogada.

A greve

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 47,17%, resultado da soma da reposição da inflação dos últimos 12 meses (6,61%), do reajuste real (20%) e da primeira de três parcelas das perdas de anos anteriores (20,56%).

A ECT alega que o custo financeiro com o aumento exigido seria três vezes maior que o faturamento bruto anual da empresa. A proposta dos empregadores seria um reajuste de 11,9%, mais um abono salarial de R$ 600.

Os manifestantes de Curitiba estão concetrados na frente da Agência Central do Correios, onde fazem montaram barracas e mantêm as portas da agência fechada. Ainda não há previsão para o fim da greve. Nenhum rodada de negociação está marcada para resolver o impasse.

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