Os trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, entraram em greve à meia-noite desta segunda-feira (10). A decisão pela paralisação foi tomada em assembleia na noite desse domingo (9). De acordo com o sindicato da categoria (Sintraturb), mais de 3 mil pessoas estavam presentes na reunião. Os funcionários reivindicam um aumento salarial igual para todos os cargos, um vale alimentação de R$ 460 e a unificação da jornada de trabalho.
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da capital catarinense (Setuf) informou que já ofereceu um reajuste imediato de 7,16% para todos os empregados e mais 2,63% a partir de agosto deste ano. O vale refeição teria um aumento de R$ 420 para R$ 450, passando ao valor exigido de R$ 460 também em agosto.
A categoria rejeitou a proposta e afirmou que o reajuste é oferecido apenas a motoristas e cobradores - eles exigem um aumento para todos os funcionários dos demais setores de garagem manutenção, limpeza, escritório e agentes de terminais. Os grevistas querem ainda a eliminação das três jornadas de trabalho existentes (de 3h, 6h e 6h20) para a criação de uma jornada única de 6h.
Na sexta-feira, 7, o Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina determinou uma frota mínima de 100% do transporte coletivo durante os horários de pico (das 5h30 às 8h e das 17h30 às 20h) e de 50% nos demais horários dos dias de greve. No entanto, de acordo com o jornal Diário Catarinense, os usuários ficaram horas nos terminais esperando os ônibus nesta manhã. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais, cerca de 240 mil passageiros dependem diariamente da circulação dos coletivos.
A pasta disponibilizou em cinco pontos da cidade cerca de 200 vans e micro-ônibus dos serviços de turismo e escolas. O transporte alternativo vai custar entre R$ 5 e R$ 7. O valor normal da tarifa de ônibus em Florianópolis é de R$ 2,90.
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