Parte dos 1,3 milhão de usuários de ônibus que dependem deste tipo de transporte na cidade de Osasco e em sete municípios vizinhos, na região oeste da Grande São Paulo, é afetada nesta quinta-feira por uma greve parcial dos cerca de oito mil motoristas e cobradores.

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Os primeiros coletivos deveriam ter deixado as garagens às 3 horas. São cerca de 4.500 carros que integram toda a frota. As três empresas que devem parar por completo são: Viação Osasco (matriz), em Osasco, Viação Osasco (filial), em Carapicuíba, e Viação Raposo Tavares, em Cotia. As viações Urubupungá, Pirajuçara e Benfica devem operar apenas com cerca de 50% da frota. As seis contrariam decisão judicial que determinou 100% da frota nos horários de pico e 80% nos demais horários.

Além de Osasco, devem ser prejudicadas pela greve as cidades de Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Barueri, Embu, Taboão e Cotia. Diversas linhas que fazem o trajeto até as regiões do Butantã e Pinheiros, na zona oeste da capital, estão na lista das que ficarão inoperantes nesta quinta-feira.

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Segundo Antonio Alves Filho, presidente do Sindicato dos Condutores de Osasco e Região, a categoria reinvindica 15% de aumento salarial, vale-refeição de R$ 18,00, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 1.200,00 e o fim da uma hora de almoço, exigida pelo Ministério Público do Trabalho, e que foi colocada em prática pelas empresas.

"A categoria prefere voltar para os 25 minutos de almoço remunerados. Além do salário não ser afetado, nós não temos que ficar uma hora parados nos ônibus e sujeitos a assaltos e à falta de segurança. A cidade de Osasco não comporta essa parada de uma hora dos ônibus.", afirmou Alves Filho. Segundo ainda o presidente do Sindicato, o setor patronal oferece aumento salarial de 7%, elevação de apenas R$ 1,00 no vale-refeição, que hoje é de R$ 13,00; e R$ 550,00 de PLR.

Às 14 horas desta quinta-feira, segundo o Sindicato, será realizada no Tribunal Regional do Trabalho, na Rua da Consolação no centro da capital paulista, uma audiência de concilicação entre motoristas e cobradores e os donos das empresas, onde novas propostas de ambos os lados serão colocadas à mesa na tentativa de se encerrar a paralisação.